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Trabalhadores dos bares dos comboios da CP em greve de dois dias: sindicato fala em “adesão de 100%”

Os trabalhadores reclamam o “cumprimento integral” do Acordo de Empresa em vigor.O primeiro de dois dias de greve dos trabalhadores dos bares dos comboios da CP está a registar uma adesão total, segundo fonte sindical, que reclama o “cumprimento integral” do Acordo de Empresa (AE) em vigor.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, a paralisação dos funcionários da Itau, que desde o início de abril explora o serviço de refeições dos bares dos comboios da CP, regista “uma adesão de 100% até ao momento”. A greve prolonga-se até quinta-feira.

Segundo o sindicato, os comboios Alfa Pendular e Intercidades que saíram esta manhã da estação de Porto Campanhã foram todos com os bares encerrados: “Pelo menos seis comboios já saíram sem ter serviço de refeições”, disse à agência Lusa a dirigente sindical Ana Carina Castro.

Os trabalhadores – que já estiveram em greve a 02 e 03 de maio, segundo o sindicato também com adesão total – acusam a Itau de recusar cumprir o acordo de empresa em vigor, celebrado com a anterior concessionária NewRail.

Em causa está, nomeadamente, o cumprimento de escalas de horários que respeitem a carga horária de oito horas diárias e de 35 horas semanais, o pagamento do trabalho ao sábado e domingo com um acréscimo de 25% e do subsídio de refeição diário de 11,50 euros e 13 euros, “conforme determina o AE em vigor”.

Exigem ainda o pagamento das diuturnidades no valor de 20 euros cada e dos prémios de responsabilidade e subsídio de transporte.

Concentrados hoje numa ação de protesto frente às instalações da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) no Porto, os trabalhadores entregaram à respetiva diretora uma moção pedindo a “intervenção urgente” daquele organismo.

A concessão do serviço de bar dos comboios de longo curso da CP foi atribuída, desde o início de abril, ao Itau – Instituto Técnico de Alimentação Humana e alargada aos Intercidades da Linha do Alentejo após meses de espera, nos quais decorreu o concurso.

Os trabalhadores dos bares dos comboios de longo curso voltam à greve

Os trabalhadores dos bares dos comboios de longo curso da CP voltam à greve nos dias 11 e 12 de Junho e vão deslocar-se à sede da ACT para fazer uma concentração.

A ITAU comunicou que não pretende cumprir integralmente o Acordo de Empresa (AE) aplicável aos trabalhadores que prestam serviço nos bares dos comboios de longo curso da CP.

A empresa venceu o concurso para a exploração da concessão do serviço de bares dos comboios, com início a 1 de abril de 2025, tendo anunciado que não cumpriria, na íntegra, o Acordo de Empresa em vigor à data da transmissão da concessão.

Em resposta, os trabalhadores realizaram uma greve nos dias 1, 2 e 3 de maio, com uma adesão praticamente total, levando ao encerramento da esmagadora maioria dos bares dos comboios Alfa Pendular e Intercidades.

No dia 20 de maio, os trabalhadores realizaram plenários em Lisboa e no Porto, tendo aprovado, no próprio dia, uma deslocação à sede da ITAU, em Carnaxide, numa demonstração de força e unidade, voltando a paralisar praticamente 100% dos bares dos comboios.

A FESAHT/Sindicatos empenharam-se, nas últimas semanas, em negociações com a empresa, no sentido de encontrar uma solução que, simultaneamente, não representasse a perda dos direitos e rendimentos adquiridos pelos trabalhadores, mas que permitisse retomar a paz social na empresa. No entanto, a ITAU manteve uma postura irredutível e pouca vontade negocial.

Tendo em conta o incumprimento do Acordo de Empresa por parte da ITAU, foram realizados dois pedidos de intervenção inspetiva junto da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT). No entanto, e apesar de já ter sido solicitado o relatório da ação inspetiva, até ao momento a ACT não deu qualquer resposta.

Por este motivo, os trabalhadores em greve irão deslocar-se, no dia 11 de junho, à sede da Autoridade, com o objetivo de tentarem ser recebidos pela Senhora Inspetora-Geral.

Fonte: FESAHT

ITAU recusa-se a cumprir Acordo de Empresa dos trabalhadores dos bares da CP

A nova concessionária dos bares dos comboios da CP, a ITAU, não pretende cumprir a totalidade do Acordo de Empresa que já existia antes de a empresa ganhar a concessão. Trabalhadores fazem nova greve a 11 e 12 de Junho.A adesão dos cerca de 130 trabalhadores dos bares dos comboios da CP às greves dos dias 1, 2 e 3 de Maio foi quase total. É uma mobilização que se espera venha a repetir-se a 11 e 12 de Junho, numa nova acção de luta convocada pelos sindicatos da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht/CGTP-IN). Em causa está a recusa da ITAU, nova concessionária deste serviço, em cumprir o Acordo de Empresa que já estava em vigor antes desta empresa ganhar o concurso público para assumir a gestão dos bares dos comboios da CP. Os trabalhadores estão, neste momento, a perder «a carga horária de 8 horas diárias e de 35 horas semanais», um acréscimo de 25% no trabalho ao sábado e domingo, um «subsídio de refeição diário» de 11,50 e 13 euros, diuturnidade de 20 euros e o «pagamento dos prémios de responsabilidade e subsídio de transporte», tudo questões que foram negociadas e postas em prática em Janeiro de 2025. Nas últimas semanas, desde a última greve, a Fesaht tem estado em negociações com a empresa, «no sentido de encontrar uma solução que, simultaneamente, não representasse a perda dos direitos e rendimentos adquiridos pelos trabalhadores, mas que permitisse retomar a paz social na empresa». A ITAU, não obstante, «manteve uma postura irredutível e pouca vontade negocial». A federação sindical já apresentou dois pedidos de intervenção inspectiva à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT). Até ao momento, «a ACT não deu qualquer resposta» às denúncias dos sindicatos. A 11 de Junho, primeiro dia de greve, os trabalhadores vão concentrar-se em frente à sede desta entidade, com o objetivo de serem recebidos pela Inspectora-Geral. A ITAU, uma das principais empresas do sector da alimentação colectiva em Portugal, que gere cantinas e refeitórios de Norte a Sul do País, apenas assumiu a responsabilidade de pagar os salários definidos pelo Acordo de Empresa: um salário mínimo de 1000 euros nos bares dos comboios da CP. Os trabalhadores, no entanto, mantém-se irredutíveis – o Acordo de Empresa em vigor é para cumprir integralmente, seja pela ITAU ou qualquer uma das próximas concessionárias.

LUTA DOS TRABALHADORES DOS BARES DOS COMBOIOS

No terceiro dia de luta e greve — o segundo com um pré-aviso de greve específico para a empresa —, 3 de maio (sábado), os trabalhadores estiveram em piquete de greve e concentrados em Santa Apolónia. A adesão foi novamente quase total (100% no Porto e 95% a nível geral). Com a unidade demonstrada nos três dias de luta, os trabalhadores dão um forte sinal à empresa de que não estão disponíveis para abdicar do seu Acordo de Empresa e dos direitos adquiridos ao longo de muitos anos. Fica a certeza de que, se a ITAU não rever a sua posição, a luta vai mesmo continuar! 

concentrações trabalhadores bares dos comboios

Os trabalhadores dos bares dos comboios em greve realizaram, esta sexta-feira, três concentrações públicas de protesto. Logo de manhã, estiveram na Estação de Santa Apolónia, para denunciar a sua situação junto dos utentes dos comboios de longo curso.

De seguida, dirigiram-se à sede da CP, onde entregaram uma moção aprovada pelos trabalhadores e exigiram a intervenção da empresa pública, no sentido de obrigar a ITAU a cumprir integralmente o Acordo de Empresa e os direitos adquiridos pelos trabalhadores.

Junto à sede da CP, receberam a solidariedade da CGTP-IN, representada pelo dirigente e membro da Comissão Executiva João Barreiros; do Partido Comunista Português, representado pelo deputado António Filipe; e do Bloco de Esquerda, representado pela deputada Mariana Mortágua.

Por fim, realizaram uma concentração na Secretaria de Estado da Mobilidade, onde entregaram a moção aprovada e foram recebidos pelo Gabinete da Secretária de Estado. Ficou o compromisso, por parte do Gabinete, de responder ao pedido de reunião solicitado pela FESAHT/Sindicatos, que continua sem resposta até ao momento.