Arquivos de 14 de Junho de 2017

LINGUA GESTUAL PORTUGUESA: NÃO ADIEM A JUSTA CRIAÇÃO DO GRUPO DE RECURTAMENTO

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recolha de assinaturas junto à escola José Régio em Portalegre

Ontem, 13 de Junho, docentes de Língua Gestual Portuguesa, dirigentes do SPZS e a Coordenadora da USNA, promoveram a recolha de assinaturas na  Petição “ Língua Gestual Portuguesa (LGP): não adiem a justa criação do grupo de recrutamento”  que tem como principal objetivo o reconhecimento dos profissionais que ensinam a terceira língua oficial do País – a LGP – enquanto docentes e não como técnicos especializados. No Agrupamento José Régio, em Portalegre, docentes e não-docentes assinaram de bom grado esta petição reconhecendo a importância e auxílio precioso dos professores de Língua Gestual.

Nas escolas onde estudam alunos surdos é ministrado o ensino da LGP. Apesar de ser reconhecida como língua oficial de Portugal, de existir a disciplina, de haver um programa e de os alunos serem devidamente avaliados, quem ensina esta língua não é reconhecido como professor.

Estes profissionais, são, naturalmente, obrigados a cumprir nas escolas todos os deveres (cumprem o programa da disciplina, dão aulas, avaliam os alunos, participam nas reuniões, …) inerentes a qualquer outro docente, mas não lhes são reconhecidos os mesmos direitos.

O problema é que o ano letivo está a chegar ao fim e nada se sabe, ainda, sobre quando terá lugar o concurso destes docentes para o próximo ano letivo, a não ser que, mais uma vez, terão de se candidatar a contratação de escola na qualidade de técnicos especializados.

Foi esta situação de aparente paralisia que impeliu os sindicatos da FENPROF e AFOMOS a dirigirem-se à Assembleia da República, através de uma Petição que nestes dias 12, 13 e 14 de junho estará nas ruas e nas escolas de inúmeras cidades do país, para recolher assinaturas de cidadãos e cidadãs que se revejam nesta causa.

 
A Direção do SPZS – Portalegre

INAUGURAÇÃO DA DELEGAÇÃO SINDICAL CONJUNTA DA CGTP-IN EM ELVAS COM A PRESENÇA DO SECRETÁRIO-GERAL ARMÉNIO CARLOS

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É já nesta sexta-feira, dia 16 de Junho, que terá lugar, pelas 17h30, a inauguração das novas instalações da Delegação Sindical Conjunta em Elvas, com a presença do Secretário-Geral da CGTP-IN, Arménio Carlos.

Nesta delegação, à semelhança do que acontecia na Rua Alferes Cristóvão também em Elvas, funcionarão os serviços de atendimento e contencioso de 5 sindicatos da CGTP-IN: o CESP, Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, a Hotelaria, Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria, Turismo, Restauração e Similares do Sul, o SINTAB, Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal, o SITE, Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul e o SIESI, Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PROFESSORES DE PORTALEGRE PREPARAM-SE PARA A GREVE DE DIA 21 DE JUNHO

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O Sindicato dos Professores da Zona Sul – SPZS/Fenprof – vai realizar um Plenário Distrital para todos os docentes do distrito de Portalegre no dia 13 de Junho, às 16.30 horas, na Eb 2,3 José Régio, em Portalegre.

Neste plenário sindical, o SPZS irá esclarecer as muitas questões que lhe estão a ser colocadas por docentes das várias escolas do distrito. De facto, a confirmação da greve de dia 21 de Junho a todo o serviço docente, é algo que muitos esperavam e vem na sequência da falta de resposta do Ministério da Educação a questões que há muito se colocam e são problemas que, direta ou indiretamente, afetam os alunos, tais como:

  • Horários de trabalho que deverão ser reorganizados, sob pena de os professores, com a sobrecarga burocrática e um conjunto de outras tarefas a que estão obrigados, não poderem dar o seu melhor no que é essencial: o trabalho com os alunos. Os professores estão a trabalhar, em média, mais de 46 horas semanais.
  • Desgaste dos profissionais decorrente do que antes se refere, mas também do envelhecimento da profissão, problema contra o qual nada tem sido feito, apesar de se reconhecerem os efeitos negativos na atividade docente. Os sindicatos da FENPROF têm proposto um regime especial de aposentação para profissionais que estão obrigados a trabalhar mais de 40 anos, sob pena de sofrerem penalizações fortíssimas. Ora, ninguém contesta que a escola precisa, urgentemente, de uma forte renovação geracional.
  • Precariedade, que afeta mais de 20% dos professores, bem acima da média nacional. O processo de vinculação extraordinária que decorre, deixa de fora mais de 80% dos que têm vínculos precários, alguns há mais de 10 ou 20 anos. Obviamente que essa instabilidade se reflete no desempenho profissional dos docentes, em particular em momentos que são mais exigentes, como o final de cada ano letivo, período em que o professor está a terminar o contrato, desconhecendo o que lhe reserva o futuro próximo.
  • Desvalorização material da profissão, nomeadamente devido ao congelamento das carreiras nos últimos 7 anos, sem progressões, sem atualizações, com cortes, com uma elevada carga fiscal e sem valorização e reconhecimento da atividade docente.

Portanto, contrariamente ao que se tem ouvido, o que, verdadeiramente, prejudica os alunos não é a realização de um dia de greve pelos professores, mas sim a não resolução dos problemas que levaram os professores a convocar esta greve.

O SPZS realizou já várias visitas às escolas do distrito, sendo de registar, da parte dos professores, uma grande determinação na realização de greve no dia 21, caso o ME não aceite negociar ou não resulte nada de concreto da negociação.

A Direção Distrital de Portalegre do Sindicato dos Professores da Zona Sul/ Fenprof