Aquivos por Autor: direccao

“PACO, NÃO QUEREMOS UM TESLA, SÓ QUEREMOS 150€ NO SALÁRIO QUE É JUSTO E NECESSÁRIO!”

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Foi desta forma que os trabalhadores da SILICÁLIA PORTUGAL responderam ao Administrador quando este considerou que a sua reivindicação salarial era demasiado elevada e que estavam a pedir um Tesla em vez de um Fiat Uno.
Para demonstrar a sua indignação e dar força à revindicação, decidiram avançar para a greve no dia 9 de Fevereiro, com início às 22h00 do dia 8.
Os objectivos são claros:
_ Exigir aumentos salariais dignos para todos os trabalhadores da empresa;
_ Reclamar o aumento do valor do subsídio de alimentação;
_ Exigir a reposição dos subsídios de turno indevidamente retirados;
_ Exigir a negociação do seguro de saúde para todos os trabalhadores da empresa;
_ Reclamar a efectiva negociação salarial com o Sindicato e a melhoria das condições de trabalho;
_ Garantir a segurança e a saúde no trabalho e a eliminação dos factores de risco que originam as doenças profissionais.
Fonte: STCCMCS – Sindicato Trabalhadores Indústrias Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Madeiras, Mármores e Cortiças do Sul e Ilhas.
08/02/2023

112 EUROS DE AUMENTO NO SALÁRIO-BASE NA GALLOVIDRO (Grupo VIDRALA)

Gallo Vidro

Os trabalhadores da empresa GALLOVIDRO (Grupo VIDRALA) conquistaram aumentos na tabela salarial que varia entre os 110 euros e os 112 euros por mês acrescidos da actualização do subsídio de refeição e dos restantes subsídios pecuniários.

Para além disso, também foram actualizados os direitos de maternidade e de paternidade no Acordo de Empresa (AE).

Este é o resultado da intervenção sindical suportada pela unidade e determinação dos trabalhadores em torno do seu Sindicato (STIV) pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho.

É mais uma prova de que é possível melhorar o poder de compra dos salários daqueles que são os responsáveis pelo aumento da produção e a criação de riqueza das empresas e do País.

Esta é a terceira empresa do sector do Vidro de Embalagem – para além da VERALLIA e da SANTOS BAROSA – que negociou e acordou com a FEVICCOM as revisões dos Acordos de Empresa com aumentos superiores aos 100 euros nas tabelas salariais para 2023.

 

A Direcção Nacional da FEVICCOM

06/02/2023

106,50€ DE AUMENTO NO SALÁRIO-BASE na empresa vidreira SANTOS BAROSA!

Santos-Barosa

Com uma ampla participação e intervenção dos trabalhadores, foi negociado no AE um aumento de 106,50€ no salário-base de todos os trabalhadores vidreiros da SANTOS BAROSA, a partir deste mês de Janeiro de 2023, para além da actualização dos subsídios de refeição e de turnos.

O salário mais baixo da tabela salarial passa a ser 1.109,50€ e o horário de trabalho nos turnos é de 35 horas semanais, conquistadas na contratação colectiva do sector há duas décadas.

Os 499 trabalhadores da SANTOS BAROSA, na Marinha Grande têm contribuído decisivamente para a riqueza que tem sido criada ao longo dos anos.

O aumento dos rendimentos dos trabalhadores é imperioso, possível e determinante para assegurar maior crescimento económico, promover uma mais justa repartição da riqueza, aumentar a produtividade e incentivar a motivação laboral.

 

A Direcção Nacional da FEVICCOM

23/01/2023

UM CASO QUE SE TRANSFORMOU NUMA CAUSA CONTRA O ASSÉDIO

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  • A história de um processo

Cristina Tavares foi despedida uma primeira vez, em 2017, alegadamente por ter exercido os seus direitos de assistência à família.

O Tribunal considerou o despedimento ilegal e determinou a sua reintegração.

Voltou a ser despedida dois anos depois. A Administração da Fernando Couto acusou-a de difamação, depois da opinião pública ter conhecimento que a empresa a desconsiderava e humilhava há meses, ao obrigá-la a desempenhar tarefas improdutivas. Uma situação confirmada pela Autoridade das Condições de Trabalho (ACT) que originou o levantamento de um auto e aplicação de uma coima à empresa.

Em Junho de 2019, confrontada com as provas inequívocas de assédio laboral que a comprometia, a empresa aceitou voltar a reintegrar Cristina Tavares antes do início do julgamento que visava impugnar o segundo despedimento.

Este caso originou também duas contra-ordenações da ACT, por assédio moral e violação de regras de segurança e saúde no trabalho, tendo sido aplicadas coimas no valor global de cerca de 37 mil euros, que a empresa recusou pagar ao Estado. Recorreu e a seguir perdeu os recursos que apresentou no Tribunal de Trabalho, na Relação e no Tribunal Constitucional.

A trabalhadora  instaurou uma acção visando o pagamento de uma indemnização por danos sofridos pela prática de assédio laboral, mas em Julho de 2021, inexplicavelmente, o Tribunal da Relação do Porto absolveu a empresa desse pagamento.

Por isso, manifestámos a nossa total discordância e contestámos a decisão da Relação que na prática protegia o agressor – a empresa – e penalizava a vítima de assédio – a trabalhadora – com graves implicações na sua saúde, no plano físico e psicológico.

A trabalhadora não aceitou, recorreu e venceu!

  • Fez-se justiça!

Num processo que já vai longo, a trabalhadora viu, finalmente reconhecido o seu direito a uma indemnização por danos causados pelo assédio laboral, o que foi permitido pelo recente Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), para o qual tinha recorrido.

O STJ entendeu ainda que a indemnização deveria ser referente ao período do segundo despedimento – 10 de Janeiro de 2019 até 1 de Julho do mesmo ano – data da reintegração da trabalhadora.

Este acórdão do STJ, de Outubro de 2022, contraria a sentença do Tribunal da Relação do Porto (TRP), de Julho de 2021, devolvendo a definição do valor da compensação ao Tribunal do Trabalho de Santa Maria da Feira que a fixou agora, em Janeiro de 2023, em 5 mil euros.

  • A razão venceu a opressão!

Desde o início que Cristina Tavares sempre defendeu o seu posto de trabalho e rejeitou sucessivas propostas de rescisão do contrato.

Sempre afirmou e comprovou que o seu posto de trabalho não tinha sido extinto, que não abdicava do emprego a troco de dinheiro e que não desistia até que a justiça lhe desse razão face à situação de assédio laboral a que foi sujeita.

Ao longo destes seis anos, Cristina Tavares não esmoreceu nem desistiu de defender a sua dignidade enquanto mulher, trabalhadora e mãe. Manteve-se firme e resistiu corajosamente às insinuações, às pressões e ao desgaste psicológico que esteve subjacente a um processo desta natureza.

Acreditou, resistiu, lutou e ganhou.

E hoje continua a desempenhar as suas funções na empresa.

  • É preciso ir mais além no combate ao assédio laboral

Este caso, que se transformou numa causa contra o assédio traz de novo para a ordem do dia um problema laboral que continua a afectar milhares de trabalhadores, na sua maioria mulheres e que reclama, entre outras, alterações legislativas céleres e eficazes.

É tempo do Governo assumir as suas responsabilidades e passar da constatação à acção!

É necessário que a prática de assédio laboral seja considerada crime integrado no Código Penal, pois estamos perante situações de efectiva violência e agressão à integridade física e psicológica das vítimas.

É imperioso que se proceda à inversão do ónus da prova para todo e qualquer tipo de assédio e não apenas quando fundado em factores de discriminação.

É fundamental criar um sistema eficaz de protecção das testemunhas, que contribua para facilitar os meios de prova nos casos de assédio laboral.

É urgente a regulamentação das doenças profissionais derivadas do assédio laboral.

E já é mais do que tempo do Governo ratificar a Convenção 190.ª da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre a eliminação da violência e do assédio no mundo do trabalho, aprovada em 21 de Junho 2019. É que não basta falar, é preciso aplicar!

O combate ao assédio laboral é uma exigência de todos os que lutam pela defesa da dignidade dos trabalhadores, do trabalho com direitos e da humanização das relações laborais.

Santa Maria de Lamas, 16 de Janeiro de 2023

SIM, É POSSÍVEL ALCANÇAR: 140 EUROS DE AUMENTO SALARIAL!

A FEVICCOM fechou o primeiro acordo salarial para 2023 na VERALLIA PORTUGAL, SA

                                    Verallia

Unidos e organizados com o seu Sindicato, os trabalhadores desta empresa vidreira conquistaram um aumento salarial de 140 euros por mês, a actualização do subsídio de refeição, a atribuição de uma bolsa anual de 500 euros para os filhos que frequentem o ensino superior, para além de outros subsídios e prémios, com manutenção de todos os direitos do Acordo de Empresa.

A partir de 1 de Janeiro, o salário mais baixo da tabela salarial passará a ser 1.260,00€ e o horário de trabalho nos turnos e na laboração contínua é de 35 horas semanais, conquistadas na contratação colectiva do sector desde 2002 (há vinte anos).

Os 246 trabalhadores da VERALLIA PORTUGAL contribuíram decisivamente, em 2021, para as Vendas e Prestação de Serviços superiores a 100 milhões de euros (109.360.588,72€) e para um Resultado Líquido superior aos 18 milhões de euros (18.189.872,68€).

Prevê-se ainda que o valor dos investimentos cresça em 2023, com a obra prevista para o forno II da fábrica, na Figueira da Foz e o investimento na inclusão de painéis fotovoltaicos, para reduzir os custos de energia da empresa.

O aumento dos rendimentos dos trabalhadores é imperioso, possível e determinante para assegurar maior crescimento económico, promover uma mais justa repartição da riqueza, aumentar a produtividade e incentivar a motivação laboral.

 

A Direcção Nacional da FEVICCOM

17/11/2022

QUANDO AMANHECERÁ, CAMARADAS?

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É este o título do livro editado pelo STIV – Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira ilustrado com a história documental, ilustrações e fotos do 18 de Janeiro de 1934.

A apresentação pública decorreu no passado dia 30 de Setembro, na Marinha Grande perante uma plateia com mais de uma centena de participantes, com intervenções sindicais e testemunhos de luta, para além de um momento cultural com poesia e a Exposição alusiva instalada no local.

QUE VIVA O 18 DE JANEIRO!

 

ACÇÃO DE SENSIBILIZAÇÃO-FORMAÇÃO SOBRE O REFORÇO DA SINDICALIZAÇÃO

 

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Com mais de 40 participantes de todos os Sindicatos federados, realizou-se no dia 23 de Setembro, no Edifício da Resinagem, na Marinha Grande, uma Acção de Sensibilização-Formação sobre a acção sindical nos locais de trabalho e o reforço da sindicalização, com o apoio do Departamento de Formação da CGTP-IN (formadora: Ana Borges).

A Acção foi constituída por uma parte teórica, por outra parte prática e pelo debate ao longo da sessão.

Para além da troca de opiniões e ideias, a iniciativa promovida pela FEVICCOM teve como objectivo contribuir para o reforço do trabalho de sindicalização em todos os Sindicatos. Agora, mãos à obra!