Os Trabalhadores da TABAQUEIRA decidiram na passada quarta feira, em plenário, aceitar a proposta de revisão do Acordo de Empresa que resultava da negociação promovida pelo SINTAB.
O acordo que agora será assinado, com vinculação a 1 ano, garante aos Trabalhadores um aumento salarial de 2,7% com garantia mínima efetiva de 35 euros, a atualização em 10% de todas as bandas salariais, e ainda a garantia de que o acesso á nova função, com a categoria de Técnico de produção, será apenas voluntário, e com acordo do Trabalhador, garantindo uma gratificação de 350€.
Este é um processo que se arrasta desde há dois anos, altura em que a empresa exigia, como contrapartida aos aumentos salariais, uma alteração ao descritivo de funções que colocava Técnicos de operação e Técnicos de manutenção com a mesma categoria, “obrigando-os” a uma maior polivalência e que desvirtuava a profissão de ambos, cujas especificidades técnicas são distintas.
Nesse ano, apesar da concordância do sindicato da UGT com todas as propostas da empresa, os Trabalhadores acorreram em massa aos plenários do SINTAB / CGTP-IN vincando a sua completa oposição à proposta, o que levou a empresa a uma decisão unilateral e arbitrária de atualização dos salários em 30€, sem acordo com o SINTAB. No ano passado os Trabalhadores não tiveram qualquer aumento.
Perante a garantia de voluntariedade de adesão à nova função, os Trabalhadores decidiram, este ano, ratificar o acordo proposto.
A TABAQUEIRA PORTUGUESA é a maior fábrica de tabacos em Portugal, e é totalmente detida pela PHILIP MORRIS INTERNATIONAL. É uma das maiores empresas exportadoras nacionais, que emprega mais de 1000 Trabalhadores, e a fábrica de Albarraque, em Sintra, produz as principais marcas de tabaco a nível nacional e internacional, como SG, Português, Marlboro, L&M e Chesterfield, dedicando-se agora também à produção e desenvolvimento dos cigarros eletrónicos.