O Centro cultural de Alcains recebeu no passado sábado o 7º Congresso da União dos Sindicatos de Castelo Branco.
Ao longo do dia muitos foram os temas abordados nas cerca de 25 intervenções proferidas por delegados ao congresso e membros da Direcção da USCB. Num contexto de fragilidade e constante ataque aos direitos dos trabalhadores em geral foi possível ter uma noção da situação nos locais de trabalho onde a USCB está presente através da acção sindical dos delegados e dirigentes dos sindicatos filiados nesta estrutura distrital.
Para além de delegados e dirigentes sindicais marcaram presença neste congresso o Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Arménio Carlos, Secretário-geral da CGTP-IN, Armando Farias da Comissão Executiva da CGTP-IN, Graciete Cruz da CGTP-IN, Angel Hernandez, Secretário-geral das Comissiones Obreras de Castilla y Leon entre muitos outros
Ao longo congresso foram apresentados vários documentos, submetidos a votação e posterior aprovação, de salientar o Plano de Acção para o próximo quadriénio bem como o Plano de Desenvolvimento e Progresso uma ferramenta essencial para a actividade da União nos próximos tempos onde se encontram a principais propostas para o desenvolvimento e luta contra o empobrecimento crescente da região reforçando a marca de um sindicalismo proponente que tem caracterizado a acção da União dos Sindicatos de Castelo Branco seguindo a linha da CGTP-IN. Todos os documentos propostos à votação do congresso foram aprovados por unanimidade e aclamação, uma situação explicada pelo rigor das propostas apresentadas.
Dos pontos altos deste 7º Congresso destacam-se os vários momentos culturais e as intervenções de Luís Garra, coordenador da USCB e de Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN. No primeiro caso o Coordenador da União traçou o retrato do distrito nos últimos quatro anos e das principais iniciativas e lutas realizadas pela estrutura sindical bem como as perspectivas para a região tendo em conta as medidas gravosas que estão a ser aplicadas no distrito e que justificam o aumento das insolvências e extinções de empresas, indicadores da dramática situação que se vive no interior desertificado do nosso país.
Já Arménio Carlos encerrou o congresso alertando para o crescente receio, por parte do governo, das consequências da luta dos trabalhadores e alertou para o perigo de propostas que o PSD quer implementar, como o caso de proibir as greves nas horas de ponta. Uma atitude que o Secretário-geral da CGTP-IN considera perigosa para a democracia portuguesa. O dirigente da Central Sindical, que acompanhou a totalidade dos trabalhos do congresso, aproveitando a oportunidade para reiterar o apoio da CGTP à luta dos trabalhadores do distrito de Castelo Branco e demonstrando os casos em que a luta foi preponderante para travar certas medidas dadas como certas pelo governo.
Neste 7º Congresso foi eleita a direcção da União para os próximos 4 anos, num acto eleitoral onde apenas uma lista se apresentou ao sufrágio dos cerca de 114 delegados ao congresso. Sem surpresas a lista A recolheu a quase totalidade dos votos sendo residual o número de votos em branco e não havendo votos nulos a registar.
Da nova direcção faz parte o ainda coordenador da União, Luís Pereira Garra que não adiantou se vai continuar ou não no cargo remetendo essa decisão para a primeira reunião da nova direcção agendada para dia 19 de Fevereiro.
A 7ª edição do Congresso da União dos Sindicatos de Castelo Branco terminou ao som do Grupo de Concetinas da ARCA de Alcains e com uma acção de rua desde o Centro Cultural até ao largo de Santo António.