Aconteceu em 1857, em Nova Iorque:
Enfrentando a repressão patronal, operárias têxteis fizeram greve por
melhores salários, por condições de vida e de trabalho mais dignas,
pela redução do horário de trabalho de 16h00 para 10h00 diárias. O
seu exemplo de determinação e coragem correu mundo e estimulou
a luta das mulheres pela conquista de direitos laborais, sociais, cívicos
e políticos.
Em 1910, reunidas em Copenhaga, 100 mulheres de 17 paises
estabelecem um DIA INTERNACIONAL DE LUTA DAS MULHERES.
Um dia, a exemplo do 1º de maio, para lutar pelas reivindicações
laborais e para defender os direitos políticos das mulheres.
Em Março do ano seguinte, esse dia foi celebrado por mais de um
milhão de mulheres na Europa e nos Estados unidos; em 1975, a
Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)
proclamou o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher.
Nascido em tempo de grande agitação social, o DIA INTERNACIONAL DA
MULHER herdou, uma tradição de protesto e de activismo político que,
honrando as suas origens históricas, se actualiza em cada ano, por melhores
condições de vida e de trabalho, pela igualdade, pelo progresso, pela justiça
social.
MULHER PRESENTE
Na canção que eu hoje trago
Direi tudo o que eu quiser
No passado deixo um cravo
Planto outra flor qualquer.
.
O meu jardim é ser enfim
Mulher
.
Sofri
Fui escrava e fui mansa
Mas agora posso
Erguer a cabeça
E dar flor.
.
Pari
Um filho de esperança
Que é livre e é nosso
E nasce da seiva
Do amor.
.
Lutei
Com que armas não sei
Mesmo na desgraça
Ergui a cabeça
E lutei.
.
Senti
A força da raça
Dum povo que passa
Depois de ser escravo
A ser rei.
.
Na canção que eu hoje vivo
Cabe tudo o que eu disser
A Palavra amante e amigo
A fúria de viver.
.
Cantando assim eu sou por fim
Mulher.
José Carlos Ary dos Santos.