Continua a luta dos trabalhadores das cantinas, bares e refeitórios dos Hospitais de Elvas e de Portalegre

manif_hotelaria_15052017-min

Os trabalhadores das cantinas, bares e refeitórios dos Hospitais de Elvas e de Portalegre não baixam os braços.

Depois de uma grande adesão às greves aos feriados convocadas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria, Turismo, Restauração e Similares do Sul (STHTRSS) e de uma grande participação no 1º de Maio em Portalegre, os trabalhadores deslocaram-se a Lisboa no passado dia 15 de Maio, para participarem numa concentração frente a Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, a AHRESP.

Frente a AHRESP, os trabalhadores juntaram-se a centenas de outros das cantinas de todo o país, de escolas e hospitais, e exigiram a negociação colectiva com a CGTP, para todas as empresas do sector, Uniself (à qual estão concessionados os serviços nos Hospitais do distrito de Portalegre), Eurest, SUCH, Itaú e outras.

O contrato colectivo de trabalho da CGTP para o sector data de 1994. As alterações ás regras de negociação colectiva inseridas no Código de Trabalho em 2003 bloquearam a contratação colectiva em todos os sectores e dotaram a AHRESP, e outras associações patronais, de instrumentos de adiamento da negociação necessária às actualizações salariais e não só.

Prova de que a luta é o caminho é a recente vitória dos trabalhadores das cantinas, bares e refeitórios dos Hospitais de Elvas e de Portalegre conseguida com a acção das dirigentes e delegadas sindicais do STHTRSS junto da ACT de Portalegre. Em causa estava o pagamento de dias de férias pela SUCH e pela Eurest, em divida desde Setembro do ano passado, altura em que a concessão do serviço passou da primeira para a segunda. Graças às diligências do sindicato junto da ACT as empresas foram obrigadas a pagar o que tinha ficado em divida.

Os trabalhadores mantêm-se vigilantes, avaliando mensalmente os recibos de vencimento para verificar se todas as dividas são saldadas pelas empresas concessionárias e procurando impedir que a contratação colectiva acordada pela AHRESP com a UGT seja aplicada a todos indiscriminadamente, incluindo as sindicalizadas na CGTP, bem como as clausulas que prevêem a polivalência de funções, a alteração da categoria e a transferência sem aviso do local de trabalho.

Comentários encerrados