Os trabalhadores da Administração Pública demonstraram hoje, dia 18 de Novembro, que não aceitam continuar a empobrecer e exigem um aumento salarial que lhes permita recuperar o poder de compra e a valorização das suas carreiras.
Por todo o país foi visível este descontentamento que é, ao mesmo tempo, uma demonstração de disponibilidade para continuar a lutar para que o governo faça opções políticas no sentido de valorização e de investimento nos Serviços Públicos de que todos necessitamos e dependemos.
No distrito de Portalegre a greve dos trabalhadores da Administração Pública levou à suspensão das actividades lectivas em 11 dos 15 concelhos.
No sector da saúde também se registou uma elevada adesão. No turno da noite o Hospital de Portalegre esteve a funcionar em serviços mínimos em praticamente todos os serviços e no turno da manhã registaram-se percentagens de adesão entre 50 (Bloco Operatório, Psicologia, Oncologia e Paliativos) e 100% (Internamento), sendo de destacar o encerramento do serviço de Consultas Externas. Ainda no sector da saúde verificou-se o encerramento do serviço de Pedopsiquiatria em Portalegre devido à greve e percentagens de adesão diversas que chegam aos 100% em determinados serviços dos Centros de Saúde como foi o caso dos Assistentes Técnicos no Centro de Saúde do Crato.
Há nota de trabalhadores em greve em todos os serviços da Administração Pública Central desde a Segurança Social (Centro Distrital em Portalegre e Ponte de Sôr), Finanças, Registo Civil, SEF, Tribunais Civis com adesões entre os 38 (Portalegre) e os 83% (Elvas), destacando-se ainda uma percentagem de adesão de 80% no Tribunal de Trabalho em Portalegre.
Entre os trabalhadores das autarquias locais as maiores taxas de adesão registaram-se nos Municípios de Nisa e Gavião (75%) e Ponte de Sôr (70%). Em Avis não houve recolha nocturna de resíduos.