Nota de Impresa; Eleições para o Parlamento Europeu

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As eleições de 25 de Maio de 2014 para o ParlamentoEuropeu são uma oportunidade

para os trabalhadores do distrito de Santarém penalizarem a politica que lhes tem

infernizado a vida.

Também por esse motivo, a União dos Sindicatos do Distrito de Santarém

(USS/CGTP-IN) exorta os trabalhadores do distrito para, que no próximo domingo

não abdiquem do seu direito ao voto e que o utilizem como uma arma contra as

políticas de direita que os roubam diariamente.

A abstenção e o voto branco não contam e apenas darão mais força aos que até ao

momento têm contribuído para o estado a que o País chegou. Os responsáveis por

essa mesma situação certamente que não deixam de votar e não deixarão de ser

eleitos pelos “amigos” que viram a sua riqueza aumentar nos últimos anos, ao

contrário da generalidade da população que viu-se aempobrecer.

Para fazer valer a indignação, o descontentamento e a vontade de mudança é

também necessário votar. É necessário votar em consciência fazendo, dessa forma

justiça através do voto e penalizando os que em Bruxelas não defendem os interesses

de quem trabalha e do País e mostrando simultaneamente ao Governo que o cartão

vermelho é também para ele.

Num contexto Europeu e nacional de profunda crise económica, social e política em que

existe um violento ataques aos direitos dos trabalhadores, também no distrito de Santarém

os trabalhadores devem levar a luta até ao voto, penalizando os partidos e os deputados

que não só mentem como ainda com a sua politica estão a minar o presente e a

comprometer o futuro.

Os que ontem mentiram aos trabalhadores portugueses, hoje e em véspera de eleições

voltam a mentir com a intenção de evitarem mais uma derrota. Alerta assim, a

USS/CGTP-IN para a falsa ideia de saída “limpa”, limpos estão os bolsos dos

trabalhadores do distrito, que hoje e ao fim de três anos de Troika vivem muito pior

do que viviam.

Nem a Troica saiu nem as mentiras do governo de cá e de alguns eurodeputados em

Bruxelas acabaram. Os responsáveis da Troica já anunciaram que só deixariam de

acompanhar o País quando recebessem 75% da sua dívida, situação que vai prolongar-se

por mais 20 anos.

É caso para dizer que eles entraram, provaram e gostaram e por isso fazem questão de

continuar com o apoio daqueles que os chamaram.

Os resultados de 37 anos de políticas de cortes nos direitos e de 3 anos de Troica e

austeridade estão visíveis:

• A aniquilação de 469 mil empregos, sendo que a maioria dos mais de 1,3 milhões

de desempregados não aufere quaisquer prestação social.

• O roubo de direitos, alguns centenários como o direito ao passe dos trabalhadores

ferroviários.

• Uma redução do poder de compra dos assalariados e reformados superior a 11%.

• O roubo de 705€ aos trabalhadores que auferem o salário mínimo por via da sua

não actualização.

• Um aumento de impostos sobre o trabalho acima dos 36%.

• A emigração em massa, nomeadamente de muitos jovens altamente qualificados

em que os pais e o País investiram na formação paraagora se verem empurrados

pela emigração forçada.

• O aumento da dívida e dos juros a ela associados.

• O aumento da divergência com que, com o PIB per capita a situar-se a 69% da

média da zona euro, quando antes da entrada da Troica era de 73%.

• Uma quebra da riqueza produzida no País, sem paralelo nos últimos 60 anos, com

três anos de recessão que destruíram mais de 5,7% do PIB.

• A eliminação de Freguesias e a degradação de muitosserviços públicos como são

exemplos o encerramento de extensões de saúde e a redução de outros serviços de

saúde e de educação.

 

Com amigos destes, quem precisa de inimigos!

 

É contra todas estas medidas que a USS/CGTP-IN apela aos trabalhadores do

distrito para que votem em consciência e no sentido de uma mudança política de

fundo que cumpra com Abril e a Constituição da República Portuguesa, que respeite

e dignifique quem trabalha ou trabalhou e que coloque Portugal e o distrito a

produzir tendo por base os seus vastos recursos, contribuindo assim para a

afirmação de Portugal enquanto País soberano.

 

A direcção

Santarém, 19 de Maio de 2014

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