Apesar das manifestações de incredulidade, protesto e esforços de sensibilização em que até agora se empenharam os trabalhadores e os seus representantes, a administração da Unicer não deu sinais sólidos de retorno na intenção de encerrar a fábrica em Santarém e de despedir 140 trabalhadores.
Sabem as estruturas representativas dos trabalhadores que os protestos não têm sido em vão e que vale a pena não ceder um milímetro na luta pela manutenção dos postos de trabalho.
Sinal de que a luta tem valido a pena são os inúmeros apoios institucionais e populares registados até ao momento e que contribuem para projetar a voz dos trabalhadores da Unicer.
É por de mais evidente que a luta já produziu alguns efeitos, a começar pelo comportamento da administração e acionistas da Unicer que pensavam ter caminho livre para encerrar a fábrica em Santarém e prejudicar 140 famílias e vêem agora o seu comportamento julgado e censurado em praça pública.
Por isso reafirmam ainda as estruturas representativas dos trabalhadores que o caminho para os despedimentos não está nem irá estar livre e reafirmam também a garantia do seu profundo empenho para, com os trabalhadores, lutar até ao fim contra a materialização da injustiça que se perspetiva.
Atendendo ao exposto, as estruturas signatárias do presente comunicado, informam os trabalhadores da UNICER que convocaram uma greve de 24 horas para o próximo dia 16 de Dezembro.
Para além da greve agora anunciada vão, ainda, promover uma concentração junto à porta da Unicer em Leça do Balio para que todo o País possa assistir à indignação dos trabalhadores da Unicer e à sua determinação em manter os seus postos de trabalho e assim contribuírem para uma vida digna das suas famílias e para o desenvolvimento económico do País.
Depois de um Novembro quente, a USS/CGTP-IN, a CT da Unicer e os Sindicatos representativos, apelam aos trabalhadores da Unicer que prossigam com a luta e que com a unidade demonstrada até agora façam do mês de Dezembro um mês de Natal mas também de luta.
Apela-se aos trabalhadores que no dia 16 de Dezembro mostrem aos vizinhos da Unicer, aos seus administradores, acionistas e a todo o País que não é com “prendas envenenadas”, como almoços para simular falsos consensos ou até com a incandescência das luzes de Natal que vão silenciar a voz e a razão daqueles que durante anos deram milhões de lucro à Unicer e aos seus acionistas.
Dia 16 de Dezembro, vamos todos à luta!
Se o Natal é quando um homem quer, não retirem aos trabalhadores da Unicer as condições para o festejar!
Vamos à luta pelo emprego e acima de tudo pela sobrevivência das famílias dos trabalhadores da Unicer famílias!