Ontem, dia 7 de Janeiro de 2016, os trabalhadores da Unicer e seus representantes souberam a lamentável notícia que a administração da empresa e seus acionistas decidiram antecipar o encerramento da unidade de produção de Santarém já para o dia 31 de Janeiro.
Sobre esta notícia a USS/CGTP-IN pretende, em primeiro lugar, dirigir uma palavra de apoio, solidariedade e confiança aos trabalhadores e às suas famílias, pois são eles os principais afetados com esta decisão egoísta da parte de quem dirige a Unicer.
Estamos em crer que, apesar da triste notícia, será ainda possível encontrar soluções para evitar o verdadeiro “tsunami laboral” que a administração da Unicer e seus acionistas estão a promover.
Em segundo lugar a USS/CGTP-IN lamenta que os responsáveis pelo encerramento da Unicer, principalmente após um período festivo onde a empresa esbanjou milhares de euros em publicidade, continuem a insistir em empurrar 70 trabalhadores para o desemprego.
Lamentavelmente, uma empresa que se afirma como detentora de responsabilidade social opta por investir milhares de euros em publicidade e a promover emprego precário e mais mal remunerado em fábricas prestadoras de serviços, do que em investir na produção de origem nacional e em valorizar os seus trabalhadores. Alguns deles trabalham há mais de 30 anos na fábrica de Santarém.
É caso para dizer: “Com amigos destes, quem precisa de inimigos?”.
Com esta decisão os mais afetados serão certamente os trabalhadores, mas também o Município, o comércio local e a região serão muito afetados pelo aumento do desemprego e sobretudo pela destruição de postos de trabalho com direitos.
A USS/CGTP-IN transmite ainda aos trabalhadores que, em colaboração com as suas estruturas representativas, tudo irá continuar a fazer para denunciar a tremenda injustiça que estão a viver e para contrariar o encerramento da fábrica em Santarém.
Os trabalhadores da Unicer podem e vão poder continuar a contar connosco e faremos questão de exigir responsabilidades políticas a todos aqueles que perante o anunciado encerramento da Unicer optaram por cruzar os braços e nada fazer perante um jogo que está viciado desde o início.