Ontem e inserido no Roteiro Contra a Precariedade, a USS/CGTP-IN levou acabo uma acção de denuncia, contacto e esclarecimento junto dos trabalhadores de algumas das empresas com maior precariedade laboral no distrito de Santarém.
Através dessa acção de luta foi, ainda, possível assinalar com a afixação de painéis ilustrativos como pontos de referência para a precariedade as empresas onde a iniciativa decorreu, nomeadamente na Font Salem em Santarém onde de 84 trabalhadores 66 têm vínculo precário, a Renova em Torres Novas onde de 649 trabalhadores 138 são precários, a Green Yard em Torres Novas que sistematicamente recorre a duas empresas de trabalho temporário e à contratação a termo e CBI em Abrantes que em 280 postos de trabalho 60 são de vínculo precário.
A precariedade laboral é hoje uma praga social que condiciona directamente a vida de milhares de trabalhadores e em especial os mais jovens que vêem o seu futuro adiado pela a instabilidade que é criada nas suas vidas, seja por via dos salários mais baixos, da incerteza de estabilidade no emprego ou até por muitas das vezes estes trabalhadores terem menos direitos que os seus colegas com vínculos efectivos.
Recorde-se que em 2013 a precariedade no distrito de Santarém já abrangia pelo menos 27,5%, afectando em especial os jovens com menos de 35 anos (40,4%), que representam 47% dos trabalhadores com contratos precários. No grupo dos menores de 25 anos, a precariedade, atinge já 65% dos jovens.
A precariedade é igualmente responsável por grande parte dos salários mínimos em Portugal e que em média estes trabalhadores recebem menos 40% que os seus colegas de trabalho com vínculos não precários. O Remanescente fica para as empresas de trabalho temporário que em média ficam com 70% do pagamento feito pelas empresas contratantes.
A USS/CGTP-IN relembra ainda que a precariedade laboral não é uma inevitabilidade, pelo contrário deve ser a excepção e não a regra. Essa é uma luta que vai continuar a ser travada e que certamente trará frutos tal como já trouxe em empresas sediadas em outros distritos, com a conversão de contratos precários em contratos sem termo.
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