Greve no Centro João Paulo II com enorme adesão

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Realiza-se hoje, dia 21 de Março,  a greve nacional dos trabalhadores da União das Misericórdias Portuguesas. Jornada de luta que no Centro de Deficientes Profundos João Paulo II, em Fátima, teve uma adesão de 80%.É objectivo da greve da expressão às reivindicações dos trabalhadores daquele sector, nomeadamente:

  • O aumento dos salários – na União das Misericórdias Portuguesas os salários praticados para os trabalhadores do apoio (ajudantes de lar, auxiliares de ação médica, cozinha, limpeza, lavandaria, etc.) são 600€ por força do aumento do salário mínimo nacional. Estes trabalhadores desempenham diariamente com zelo a sua tarefa de cuidado aos utentes. Têm 5, 10, 15, 20, 25 anos de trabalho na instituição e recebem 600€ porque a isso a instituição é obrigada por força do aumento do Salário Mínimo Nacional (por vontade da instituição os trabalhadores receberiam menos ainda);
  • O pagamento justo do trabalho que prestado nos feriados- Estes trabalhadores estão obrigados a trabalhar nos feriados e dias festivos (não podendo, a maioria das vezes estar com a sua família no Natal, Ano Novo, Páscoa e outros dias festivos) e, por cada dois feriados trabalhados ficam com o direito a descansar 1 dia, ou recebem o valor correspondente a meio dia de trabalho (10, 12 euros). Estes trabalhadores não são devidamente compensados pelas horas de trabalho que prestam a mais nos dias feriados nem são devidamente compensados pelas horas de descanso e em família que não tiveram. É uma injustiça que urge resolver. Estes trabalhadores exigem receber em dobro as horas de trabalho que prestam em dia feriado.

Denotar que embora este seja um sector onde supostamente reina a solidariedade, a UMP, financiada pelo Estado para prestar serviços aos utentes recusa-se a negociar o aumento dos salários, que não são revistos há muitos anos, pese embora os protocolos de cooperação com o Governo terem sido revistos nos últimos anos.

Motivo que por si só não pode deixar de indignar os trabalhadores da União das Misericórdias e que motiva, também, as trabalhadoras do Centro João Paulo II a estarem em greve.

A USS/CGTP-IN solidarizar-se com a luta dos trabalhadores da UMP em geral e em especial com a luta das trabalhadoras do Centro João Paulo II, saudando as mesmas pela sua perseverança na luta por melhores condições de trabalho.

 

 

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