Depois da grande luta realizada pelos trabalhadores junto à sede da empresa, em Dez/2016, onde foi possível confrontar a Administração com as suas contradições, finalmente a FESAHT/Sindicatos foram recebidos pelo Presidente da Administração da Fundação Inatel.
Nesta reunião, foram colocadas as reivindicações que motivou a luta dos trabalhadores ao longo do ano de 2016, nomeadamente a exigência de aplicar o Contrato Colectivo de Trabalho da Hotelaria e Restauração (CCT APHORT), de forma a fazer cumprir a sentença do Tribunal de Trabalho de Viana do Castelo, em Novembro/2014, de aplicar esta convenção colectiva na Fundação Inatel.
Foi ainda exigido pela FESAHT/Sindicatos, aumentos salariais para os trabalhadores da Fundação INATEL, uma vez que estes, desde 2010, não vêem o seu salário aumentado, com a agravante de os mesmos serem muito baixos e as condições de trabalho serem precárias.
ADMINISTRAÇÃO INSISTE EM NÂO DAR AUMENTOS
Uma vez mais, a Administração respondeu que não pode valorizar os salários, assim como a progressão das carreiras, insistindo que não tem competência para tal decisão, por força das restrições do Orçamento de Estado, acrescentando ainda, que, em relação ao CCT, nada obriga à empresa aplicar a referida convenção colectiva, inclusive ter sérias dúvidas de legitimidade na aplicação desta convenção colectiva na empresa. Contudo, recorde-se, a Fundação Inatel não se opôs à portaria de extensão do CCT, nem recorreu da sentença do Tribunal do Trabalho de Viana do Castelo
Todavia, demonstrou abertura para ao longo de todo o ano de 2017, negociar uma convenção colectiva, Acordo de Empresa (AE) mas com a condição de este ter efeito só em 2018 e somente se as restrições ao Orçamento de Estado para 2018 forem levantadas.
VAMOS EXIGIR A APLICAÇÃO DO CCT E A CONTINUIDADE DAS NEGOCIAÇÕES
Com esta posição, falta confrontar o senhor Presidente, na sua contradição quanto à questão de a empresa não ser obrigada a aplicar o CCT APHORT na empresa, mas por outro lado, esta pode negociar um AE, mas se ambas são convenções colectivas, onde está a coerência e a verdade? E está disponível para negociar, mas desde já diz, que não dá aumentos salariais, então vai negociar para quê?
Com esta política de facto consumado – do quero, posso e mando – por parte do Presidente e da administração da Fundação Inatel dá mais razão de que não são merecedores de confiança por parte dos trabalhadores, os quais recusam esta politica e por isso a resposta a dar só pode ser pela continuidade da luta, na exigência de aumentos salariais, aplicação do CCT APHORT, negociação de um Acordo de Empresa e respeito pelos trabalhadores.
Vamos continuar a lutar por:
- AUMENTO DOS SALÁRIOS
- APLICAÇÃO DO CCT
- NEGOCIAÇÃO DE UM A.E
Lisboa, Fev./2017 A Direcção/FESAHT