O Sindicato dos Professores da Zona Sul – SPZS/Fenprof – vai realizar um Plenário Distrital para todos os docentes do distrito de Portalegre no dia 13 de Junho, às 16.30 horas, na Eb 2,3 José Régio, em Portalegre.
Neste plenário sindical, o SPZS irá esclarecer as muitas questões que lhe estão a ser colocadas por docentes das várias escolas do distrito. De facto, a confirmação da greve de dia 21 de Junho a todo o serviço docente, é algo que muitos esperavam e vem na sequência da falta de resposta do Ministério da Educação a questões que há muito se colocam e são problemas que, direta ou indiretamente, afetam os alunos, tais como:
- Horários de trabalho que deverão ser reorganizados, sob pena de os professores, com a sobrecarga burocrática e um conjunto de outras tarefas a que estão obrigados, não poderem dar o seu melhor no que é essencial: o trabalho com os alunos. Os professores estão a trabalhar, em média, mais de 46 horas semanais.
- Desgaste dos profissionais decorrente do que antes se refere, mas também do envelhecimento da profissão, problema contra o qual nada tem sido feito, apesar de se reconhecerem os efeitos negativos na atividade docente. Os sindicatos da FENPROF têm proposto um regime especial de aposentação para profissionais que estão obrigados a trabalhar mais de 40 anos, sob pena de sofrerem penalizações fortíssimas. Ora, ninguém contesta que a escola precisa, urgentemente, de uma forte renovação geracional.
- Precariedade, que afeta mais de 20% dos professores, bem acima da média nacional. O processo de vinculação extraordinária que decorre, deixa de fora mais de 80% dos que têm vínculos precários, alguns há mais de 10 ou 20 anos. Obviamente que essa instabilidade se reflete no desempenho profissional dos docentes, em particular em momentos que são mais exigentes, como o final de cada ano letivo, período em que o professor está a terminar o contrato, desconhecendo o que lhe reserva o futuro próximo.
- Desvalorização material da profissão, nomeadamente devido ao congelamento das carreiras nos últimos 7 anos, sem progressões, sem atualizações, com cortes, com uma elevada carga fiscal e sem valorização e reconhecimento da atividade docente.
Portanto, contrariamente ao que se tem ouvido, o que, verdadeiramente, prejudica os alunos não é a realização de um dia de greve pelos professores, mas sim a não resolução dos problemas que levaram os professores a convocar esta greve.
O SPZS realizou já várias visitas às escolas do distrito, sendo de registar, da parte dos professores, uma grande determinação na realização de greve no dia 21, caso o ME não aceite negociar ou não resulte nada de concreto da negociação.
A Direção Distrital de Portalegre do Sindicato dos Professores da Zona Sul/ Fenprof