Ontem, 13 de Junho, docentes de Língua Gestual Portuguesa, dirigentes do SPZS e a Coordenadora da USNA, promoveram a recolha de assinaturas na Petição “ Língua Gestual Portuguesa (LGP): não adiem a justa criação do grupo de recrutamento” que tem como principal objetivo o reconhecimento dos profissionais que ensinam a terceira língua oficial do País – a LGP – enquanto docentes e não como técnicos especializados. No Agrupamento José Régio, em Portalegre, docentes e não-docentes assinaram de bom grado esta petição reconhecendo a importância e auxílio precioso dos professores de Língua Gestual.
Nas escolas onde estudam alunos surdos é ministrado o ensino da LGP. Apesar de ser reconhecida como língua oficial de Portugal, de existir a disciplina, de haver um programa e de os alunos serem devidamente avaliados, quem ensina esta língua não é reconhecido como professor.
Estes profissionais, são, naturalmente, obrigados a cumprir nas escolas todos os deveres (cumprem o programa da disciplina, dão aulas, avaliam os alunos, participam nas reuniões, …) inerentes a qualquer outro docente, mas não lhes são reconhecidos os mesmos direitos.
O problema é que o ano letivo está a chegar ao fim e nada se sabe, ainda, sobre quando terá lugar o concurso destes docentes para o próximo ano letivo, a não ser que, mais uma vez, terão de se candidatar a contratação de escola na qualidade de técnicos especializados.
Foi esta situação de aparente paralisia que impeliu os sindicatos da FENPROF e AFOMOS a dirigirem-se à Assembleia da República, através de uma Petição que nestes dias 12, 13 e 14 de junho estará nas ruas e nas escolas de inúmeras cidades do país, para recolher assinaturas de cidadãos e cidadãs que se revejam nesta causa.