Passados 125 anos das primeiras comemorações do dia internacional do trabalhador, hoje continua a ser importante e actual comemorar e lutar no 1º de Maio.
Em 2015, e face às diversas políticas que têm sido seguidas por diferentes governos nos últimos 39 anos, sobretudo devido à política do actual governo PSD/CDS, os trabalhadores portugueses estão mais pobres.
Os trabalhadores do distrito de Santarém, em especial os jovens e as mulheres, vêm o seu futuro condicionado pela incerteza, pela precariedade, pelo desemprego e pelos baixos salários.
Agora, em vésperas de eleições, os membros do governo desdobram-se em iniciativas para eliminar da memória dos trabalhadores, todo o sofrimento imposto durante mais de 3 anos de governação.
Contudo, apesar de uma campanha pré eleitoral já em curso, a política de destruição do emprego e da precarização do mercado de trabalho continua e só irá parar quando este governo e estas políticas forem derrotados.
Tome-se como exemplo a intenção de extinção de 33 dos 55 postos de trabalho das Oficinas de Manutenção Militar no Entroncamento e a intenção de encerramento da Renoldy em Alpiarça, onde, sem que nenhuma iniciativa do governo seja tomada para evitar o encerramento dessa unidade fabril, estão em risco 56 postos de trabalho.
Observe-se ainda o propagandeado programa “ Reactivar” que não consiste em mais do que apoiar o patronato e em especial os grandes grupos económicos, para que com o apoio da Segurança Social através contribuições dos trabalhadores para a mesma, sejam transferidos milhões de euros para ocupar postos de trabalho de forma precária e mal remunerada.
Exemplos práticos da política de direita que continua a dificultar e a arruinar a vida a milhares de trabalhadores.
Para a USS/CGTP-IN, um país desenvolvido é um país onde se valorize o trabalho e sejam dadas condições de vida e de trabalho aos mais jovens, onde sejam estimados os trabalhadores, onde sejam dadas condições de igualdade entre homens e mulheres, onde sejam respeitados os direitos de parentalidade e onde os trabalhadores reformados tenham reformas justas e dignas para viverem com a qualidade de vida necessária a quem contribuiu com o seu trabalho durante longos anos.
Entende ainda a USS/CGTP-IN que vale a pena continuar a lutar por um Portugal com futuro e nesse sentido apela a todos os trabalhadores do distrito de Santarém que, no próximo dia 1º de Maio, se juntem às comemorações do dia internacional do trabalhador na capital do distrito, especialmente na manifestação que se irá realizar às 15h, entre a Segurança Social e o Jardim da República.
Este deve ser um grande dia de valorização e comemoração do papel do trabalhador na sociedade, mas estamos certos que também será um grande dia de luta contra a rejeição das políticas de empobrecimento dos trabalhadores.
A USS/CGTP-IN está certa que mais uma vez os trabalhadores do distrito de Santarém, saberão assumir as suas responsabilidades pela preservação da memória colectiva do significado do 1º de Maio e na luta para acabar com a política de direita, abrindo caminho a uma política patriótica e de esquerda que responda às necessidades de quem trabalha e não às vontades do patronato e dos grandes grupos financeiros.
No 1º de Maio todos a Santarém, no 1º de Maio lutar por Abril.