Ao longo dos últimos anos tem-se assistido a um ataque feroz à Escola Pública de Qualidade. Com a justificação de contenção de custos, esvaziam-se as escolas da sua principal função a educação de um povo, um dos principais pilares da democracia. Uma situação que tem estado a degradar o ensino público de qualidade e as condições de vida dos trabalhadores desse sector e que serve como mote para a convocação da Greve Nacional na Educação para o próximo dia 3 de Fevereiro.
Os trabalhadores não docentes dos estabelecimentos de educação e ensino da Rede Pública, depois de várias tomadas de posição na defesa dos seus justos direitos e na defesa da qualidade da Escola Pública, e perante a ausência de vontade politica deste Governo para reverter a situação, e garantir aos trabalhadores condições dignas de trabalho, decidiram através da sua Federação, a FNSTFPS – Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, avançar para mais esta jornada de luta.
Os trabalhadores não docentes e os seus sindicatos exigem do Governo, medidas políticas efectivas para pôr fim à falta crónica de pessoal e ao recurso sistemático e ilegal à contratação precária, através da abertura de concursos externos para admissão de novos trabalhadores, assim como a integração dos trabalhadores em situação precária. Medidas estas que terão que passar obrigatoriamente pela revisão da Portaria de Rácios.
Os trabalhadores não abrem mão da criação de uma carreira especial que valorize as suas funções no sistema educativo, com a definição clara de conteúdos funcionais e a reposição de um estatuto próprio.
A luta do próximo dia 3 de Fevereiro, é uma luta de todos os trabalhadores não docentes, quer estejam sob a gestão do Ministério da Educação ou de Autarquias, pelo fim da precariedade, pela sua dignidade profissional e por uma escola pública de qualidade.