Apesar da época festiva que se vive, os trabalhadores no distrito de Santarém continuam a sua luta por melhores condições de trabalho.
Ontem dia 21 de Dezembro e hoje dia 22 de Dezembro dá-se a greve dos trabalhadores dos CTT. Greve, essa, que registou ontem no distrito de Santarém uma adesão na ordem dos 70% dos carteiros. São exemplo de locais de trabalho onde a adesão foi bastante significativa os centros de distribuição postal de Santarém onde em 40 carteiros apenas 12 não estiveram em greve e de Tomar onde em 32 carteiros apenas 6 não estiveram em greve.
Os trabalhadores dos CTT lutam contra os despedimentos anunciados pela administração da empresa, por aumentos salariais dignos e por melhores condições de trabalho que se traduzam, também, numa melhoria do serviço público de distribuição postal.
Esta manhã, Arménio Carlos, Secretário Geral da CGTP-IN vai estar na Panpor em Rio Maior onde irá ser realizado um plenário e um protesto à porta da empresa por diversas irregularidades que vão desde os horários de trabalho até à falta de equipamentos de proteção individual.
Também hoje se inicia a greve dos trabalhadores da logística da grande distribuição. É esperado uma grande adesão por parte dos trabalhadores das Plataformas logísticas do Minipreço na Zibreira e do Lidl em Torres Novas.
Dando expressão de rua à greve, hoje pelas 9h os trabalhadores do Minipreço da Zibreira vão concentrar-se em protesto junto à empresa. Por sua vez os trabalhadores do Lidl irão deslocar-se hoje para um protesto junto à sede da empresa (Linhó) e amanhã irão marcar presença, entre as 6h e as 13h, à porta da plataforma logística em Torres Novas.
Dia 23 e 24 serão dias de luta de todos os trabalhadores da grande distribuição, desde os armazém e logística até aos hipermercados.
Os trabalhadores da grande distribuição lutam por aumentos dignos para todos os trabalhadores, pelo fim das discriminações e do assédio moral, progressão automática dos operadores de logística até ao nível VIII e eliminação da tabela B aplicada no sector e que significa salários mais baixos.
As lutas que agora se desenrolam comprovam que mesmo em quadra festiva a luta tem lugar para se realizar pois as melhores condições de trabalho não vão simplesmente surgir no “sapatinho” dos trabalhadores.