No final da semana passada os trabalhadores portugueses ouviram o Vice–
Primeiro Ministro afirmar que a economia portuguesa havia entrado em ponto
de viragem.
Palavras desprovidas de qualquer sentido ou pingo de sensibilidade para a
realidade que milhares de trabalhadores, desempregados, reformados e suas
famílias infelizmente conhecem no seu quotidiano.
Dizer que uma economia que conta com mais de 1,5 milhões desempregados,
em que o salário mínimo é de apenas 485€ mensais e em que o número de insolvências
não abranda é no mínimo surreal e ofensivo.
Infelizmente basta olhar à volta ou escutar diariamente as notícias para ter a
certeza de que não só a economia não está em ponto de viragem como o actual
Governo PSD/CDS irá insistir com medidas de austeridade que vão agravar a
situação económica do País, aumentar a divida e empobrecer ainda mais os
trabalhadores portugueses.
A comprová-lo está o elevado número de professores que ficaram desempregados
no inicio deste ano lectivo, está o fantasma da TSU sobre os reformados
e pensionistas, está a possibilidade do surgimento de um novo imposto sobre
os contribuintes e está a intenção de cortar 200 milhões na saúde.
Perante a austeridade já existente , a possibilidade de virem a ser implementadas
mais medidas de austeridade que também no distrito de Santarém vão
aumentar o empobrecimento e a exploração dos trabalhadores , a USS/CGTPIN
faz tornar pública a sua posição em relação às Eleições Autárquicas que vão
ocorrer no dia 29 de Setembro;
A crise que atravessamos não foi criada pela generalidade dos trabalhadores,
pelo contrário estes são sobretudo vítimas da crise e da política de direita que a
originou.
É necessário que no próximo dia 29 de Setembro, os trabalhadores, os desempregados
e reformados tomem uma posição politica através do seu voto.
Uma decisão que no entender da USS/CGTP-IN deve ser a de penalizar os partidos
que nos conduziram até ao ponto de empobrecimento em que os trabalhadores
se encontram e em especial uma posição que penalize o actual governo
que insiste em atacar quem trabalha.
Para derrotar este governo e a sua política, muitos já foram os golpes aplicados
pelos trabalhadores, desde grandes manifestações à pressão exercida junto
do Tribunal Constitucional que já por três vezes mostrou o cartão vermelho
ao governo.
As próximas eleições são um momento importantíssimo para penalizar
quem penaliza diariamente quem trabalha e sobretudo são um momento
de extrema importância para infligir mais uma derrota na política de austeridade
e baixos salários.
A USS/CGTP-IN confia que dia 29 de Setembro os trabalhadores do distrito
não vão deixar de exercer o seu direito cívico e que tomarão uma decisão
certa para defender o seu futuro e o dos seus filhos.
A Direcção