Para que seja possível um presente e um futuro melhores é importante que não sejam esqueçidas as lições do passado e os homens e mulheres que contribuiram para que hoje, 40 anos depois Portugal viva em liberdade e para que os trabalhadores tenham direitos que impedem que sejam apenas mais uma ferramenta da exploração capitalista.
Maria Rosa Viseu, operária agricola da freguesia do Couço é uma dessas mulheres que com a sua coragem, determinação e conciência de classe participaram em inúmeras lutas que permitiram ainda antes do 25 de Abril conquistar melhores salários e o horário das 8 horas de trabalho.
A pressão, as descriminações e o empobrecimento a que ela e os seus companheiros de luta estiveram submetidos não foram suficientes para “vergar” a sua determinação em melhorar as condições de vida e derrubar o fascismo.
Foi essa mesma coragem que a tornou presa politica e que despertou a brutalidade da tortura pela mão da PIDE. No entanto nunca desistiu, resistiu e nunca meteu em causa a organização e os seus camaradas.
Após o 25 de Abril, Maria Rosa Viseu, foi delegada sindical do Sindicato dos Trabalhadores Agricolas do Distrito de Santarém tendo também tido um papel de destaque na Reforma Agrária.
Esta manhã Maria Rosa Viseu faleceu, mas não desapareceu nem há-de desaparecer da nossa memória colectiva e a sua vida e legado de luta vai continuar a ser lembrado e vingado por milhares de trabalhadores.
A USS/CGTP-IN manifesta o seu pesar aos familiares, camaradas, amigos e familiares e a Maria Rosa Viseu resta-nos dizer: – Obrigado e até sempre camarada!