Foi com enorme pesar que a USS/CGTP-IN recebeu a notícia do falecimento de Francisco Canais Rocha, vindo também pelo presente dar as condolências aos familiares, camaradas e amigos.
A USS/CGTP-IN informa a todos, que o corpo estará em câmara ardente, hoje apartir das 19h na Casa Mortuária de Torres Novas e o Funeral realizarse-á, amanhã pelas 16h no Cemitério de Torres Novas.
Francisco Canais Rocha, Historiador de profissão, foi um ferveroso combatente anti- fascista e um dos mais destacados nomes do distrito de Santarém na luta contra o fascismo, facto esse que levou a que fosse preso pela PIDE, primeiro em 1952 e depois em 1968, sendo que essa segunda prisão durou 5 anos.
Nascido a 17 de Janeiro de 1930, começou a sua actividade profissional enquanto merceneiro na empresa de Alberto Sepodes, e carpinteiro de moldes, nas metalúrgicas Lourenço & Irmão e Costa Nery. Mais tarde faria o curso do liceu, a licenciatura em História e o Mestrado de História Contemporânea.
Nunca esqueceu as suas origens operárias e ao longo da sua vida esteve sempre ao lado dos trabalhadores na sua luta por uma sociedade mais justa, havendo sido o primeiro Secretário- Geral da CGTP-IN.
Fundador de diversas estruturas locais e regionais do Sindicato dos Metalúrgicos, foi também eleito em Maio de 1974, como representante da CGTP-IN na 59ª Conferência da OIT realizada em Génebra.
Francisco Canais Rocha, foi também um homem do associativismo, tendo sido fundador e dirigente associativo inclusivé no movimento de reformados.
O seu trabalho enquanto historiador é subejamente conhecido, não podendo a USS/CGTP-IN deixar de destacar o seu contributo para a elaboração do livro comemorativo dos 40 anos da CGTP-IN “Contributos para a História do Movimento Operário e Sindical: das Raízes até 1977″ de que foi um dos autores, e o estudo histórico sobre a conquista das 8 Horas de Trabalho nos campos do Alentejo e Ribatejo.
A USS/CGTP-IN manifesta as suas mais prefundas condolências pelo falecimento deste camarada de luta, homem que até aos últimos dias acreditou que é possível os trabalhadores viverem longe da exploração capitalista.
Até sempre camarada.