AHRESP DENUNCIOU O CCT DAS CANTINAS

 

foto cantinas

 

A associação patronal AHRESP denunciou o Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) das cantinas, refeitórios, áreas de serviço e bares concessionados. O objetivo principal desta denúncia é criar um clima de pressão e de chantagem sobre os sindicatos e, liquidar os direitos dos trabalhadores. Esta denúncia da AHRESP representa também uma afronta aos trabalhadores e aos sindicatos, dado que estão a decorrer normalmente negociações entre a FESAHT e a AHRESP para rever o CCT.

Com esta denúncia, a AHRESP assume claramente que quer eliminar completamente os direitos dos trabalhadores, designadamente: deixar de pagar o trabalho prestado em dia feriado e em dia de descanso semanal com o acréscimo de 200%; deixar de pagar o trabalho noturno das 20 às 24 horas; deixar de pagar o subsídio de alimentação nas férias; acabar com os quadros de densidades; transferir os trabalhadores sem o seu acordo; retirar o direito a 2 dias de descanso semanal; aumentar o período experimental; impor banco de horas e horários concentrados de 12 horas diárias e 60 horas semanais, etc..

Apesar da denúncia não ter respeitado os formalismos e procedimentos legais e, por isso, ser legalmente inexistente, a FESAHT já respondeu reafirmando todos os direitos e propondo melhorias no CCT, designadamente a redução do horário de trabalho para as 35 horas, 25 dias úteis de férias sem qualquer penalização, progressão na carreira das cozinheiras, encarregadas despenseiras e demais trabalhadores com níveis salariais diferentes, entre outros mais direitos contratuais.

NOVOS SALÁRIOS PROCESSADOS PELAS EMPRESAS RESULTAM DA LUTA DOS TRABALHADORES

A AHRESP celebrou um acordo com a UGT para as tabelas salariais 2019 e 2020. As empresas vão aplicar as mesmas aos trabalhadores, com efeitos a 1 de janeiro de 2019.

Ora, importa dizer que estas tabelas salariais resultam da luta intensa desenvolvida pelos trabalhadores e seus sindicatos de classe e não de qualquer esfoço da UGT e, visam, fundamentalmente, enfraquecer a continuação da luta dos trabalhadores por melhores salários.

Por outro lado, estas tabelas são insuficientes, em particular, para as cozinheiras de 3.ª e 2.ª, que ficam com salários miseráveis de 635 e 650 euros, respetivamente.

A AHRESP ofereceu esta proposta à FESAHT, mas esta recusou, porque o aumento dos salários é insuficiente e a AHRESP queria, em troca, a assinatura da retirada dos direitos por parte da FESAHT, conforme assinou com a UGT, e isso nunca poderíamos aceitar.

A FESAHT apela à luta dos trabalhadores contra a caducidade do CCT e por melhores salários.

VAMOS LUTAR NA DEFESA DOS NOSSOS DIREITOS, POIS SÓ COM A LUTA O PATRONATO CEDERÁ.

SINDICALIZA-TE, É MAIS SEGURO, DÁS MAIS FORÇA À LUTA E IMPEDES A APLICAÇÃO DO CCT DA UGT

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