A greve às avaliações convocada pelos sindicatos da Fenprof iniciou-se ontem, dia 18 de Junho, com forte adesão na maioria das escolas do distrito de Portalegre.
Em 8 agrupamentos/escolas, – os Agrupamentos de Escolas de Arronches, Avis, AE nº1 de Elvas – Boa Fé, na Escola Secundária D. SanchoII de Elvas, nos Agrupamentos de Gavião, Monforte, AE nº1 de Portalegre – José Régio e na Escola Secundária S. Lourenço em Portalegre, – a greve teve 100% de adesão não se realizando nenhum dos Conselhos de Turma de avaliação que estavam agendados.
Em alguns agrupamentos as reuniões só têm início hoje, dia 19 de Junho – AE de Ponte de Sôr, AE nº 1 de Elvas – Stª Luzia, AE de Castelo de Vide e AE de Marvão.
Com a excepção do Agrupamento de Sousel, onde não se registou adesão à greve, em todos os restantes agrupamentos de escolas houve reuniões que não se realizaram, com valores entre os 70% e os 30% de reuniões não realizadas.
A luta dos professores prevê-se muito forte e prolongada
Os professores lutarão o tempo que for necessário pelo direito a serem contabilizados os 9 Anos, 4 Meses e 2 Dias em que a carreira esteve congelada, mas durante os quais sempre trabalharam empenhadamente com os seus alunos, pela Escola Pública e para o país. Os professores não deixarão que apaguem um único desses dias, pois, usando uma expressão popular, não estiveram a trabalhar para aquecer. O governo terá de entender isto, sob pena de não entender nada do que se está a passar.
Os professores estão disponíveis para negociar, sim, mas o prazo e o modo de recuperar todo o tempo de serviço cumprido, tal como consagra a Lei do Orçamento do Estado, como confirma a Resolução 1/2018 da Assembleia da República e como decorre da Declaração de Compromisso assinada em 18 de novembro de 2017. Quanto ao tempo de serviço a recuperar, como o Senhor Primeiro-Ministro ainda ontem demonstrou saber, são 9 Anos, 4 Meses e 2 Dias.
A luta dos professores, porém, não se esgota na recuperação do tempo de serviço. Com ela, exigem, ainda, a aprovação de regras específicas de aposentação que contribuam para o inadiável rejuvenescimento da profissão, medidas que garantam horários de trabalho com 35 horas efetivas e um regime justo de concursos que, simultaneamente, combata a precariedade.
É com estes objetivos reivindicativos que os professores iniciaram ontem, 18 de junho, uma greve que, de acordo com os pré-avisos já entregues, se poderá manter até 13 de julho. A disponibilidade dos sindicatos da FENPROF para negociar é total, aguardando uma proposta que seja uma base negocial aceitável. Para que o seja, não poderá tocar no que é inviolável: o tempo de serviço cumprido pelos professores e, até agora, não contabilizado – 9 Anos, 4 Meses e 2 Dias.
A Direção Distrital de Portalegre do SPZS