11 de Março;Grande dia de luta no Médio Tejo

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Esta manhã de 11 de Março, realizaram-se duas importantes ações de luta promovidas pela CGTP-IN e seus sindicatos nas cidades de Torres Novas e Entroncamento.

Em ambas as lutSAM_0199as esteve presente Arménio Carlos, Secretário- Geral da CGTP-IN.

A primeira dessas lutas foi a das trabalhadoras da empresa Nobrecer em Torres Novas e que consistindo numa greve a adesão foi de 100%.

A Nobrecer é a empresa contratada pela Câmara Municipal de Torres Novas para servir as refeições em todas as escolas do concelho.

Os motivos para a convocação da greve foram os constantes atrasos no pagamento dos vencimentos, tendo apenas ontem ter sido pago o vencimento de Fevereiro e a degradação dos serviços que obviamente se traduz num mau serviço prestado às crianças do concelho de Torres Novas e mete em causa a qualidade do ensino público.

As trabalhadoras da Nobrecer realizaram ainda pelas 8h umaSAM_0091 concentração junto à Escola Artur Gonçalves e de seguida deslocaram-se até à Câmara Municipal de Torres Novas onde se estaria a realizar a sessão de Câmara.

Na sessão de câmara as trabalhadoras da Nobrecer e o Sindicato da Hotelaria e Similares do Sul repudiaram a distribuição de refeições feita pela câmara em dia de greve, situação que não serve para mais que “tapar buracos” e exigiram que a Câmara Municipal assuma as suas responsabilidades na gestão das escolas impondo à Nobrecer a melhoria o serviço e das condições de trabalho ou então substituído a empresa por outra que cumpra com as suas responsabilidades.

Na sua intervenção, Arménio Carlos destacou a coragem das trabalhadoras da Nobrecer e como a sua luta já tinha obtido a primeira vitória que foi o pagamento dos vencimentos de Fevereiro e saudou ainda o enorme espírito de responsabilidade das trabalhadoras em greve pois não só estariam a lutar por si mas também pelos alunos e pela escola pública de qualidade.

Pelas 11h perto de 500 trabalhadores da EMEF que haviam estado reunidos em plenárioSAM_0190 sairam à rua na cidade do Entroncamento, formando a maior protesto de ferroviários nos últimos 30 anos e percorrendo as ruas centrais da cidade como forma de protesto pelos cortes salariais a que tem sido sujeitos e contra a possibilidade de privatização da EMEF.

Ao passarem pela estação de comboios do Entroncamento juntaram-se aos trabalhadores mais duas centenas de reformados do sector ferroviário que deram também corpo ao protesto exigindo a reposição do direito centenário ao passe e pela defesa dos serviço ferroviário público.

Durante todo o percurso se escutaram palavras de ordem exigindo a demissão do governo e onde por diversas vezes referindo-se aos membros do governo os trabalhadores gritaram palavras como “aldrabões” e “gatunos”.

Na sua intervenção Arménio Carlos referiu a forma como a EMEF tem sido descapitalizada ao longo dos anos e a necessidade para o país e para a região da empresa continuar pública, havendo sim a necessidade de investir para produzir mais.

 Arménio Carlos referiu a necessidade do governo olhar para as ruas e escutar as pessoas pois os trabalhadores não querem a política que lhes está a ser imposta.

No final da Manifestação foi aprovada uma moção que foi entregue na Câmara Municipal do Entroncamento e um conjunto de trabalhadores deslocou-se para a estação de comboios onde durante alguns minutos ocuparam uma linha de comboio sobre forma de protesto.

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