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Notícias e actualidade

106,50€ DE AUMENTO NO SALÁRIO-BASE na empresa vidreira SANTOS BAROSA!

Santos-Barosa

Com uma ampla participação e intervenção dos trabalhadores, foi negociado no AE um aumento de 106,50€ no salário-base de todos os trabalhadores vidreiros da SANTOS BAROSA, a partir deste mês de Janeiro de 2023, para além da actualização dos subsídios de refeição e de turnos.

O salário mais baixo da tabela salarial passa a ser 1.109,50€ e o horário de trabalho nos turnos é de 35 horas semanais, conquistadas na contratação colectiva do sector há duas décadas.

Os 499 trabalhadores da SANTOS BAROSA, na Marinha Grande têm contribuído decisivamente para a riqueza que tem sido criada ao longo dos anos.

O aumento dos rendimentos dos trabalhadores é imperioso, possível e determinante para assegurar maior crescimento económico, promover uma mais justa repartição da riqueza, aumentar a produtividade e incentivar a motivação laboral.

 

A Direcção Nacional da FEVICCOM

23/01/2023

UM CASO QUE SE TRANSFORMOU NUMA CAUSA CONTRA O ASSÉDIO

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  • A história de um processo

Cristina Tavares foi despedida uma primeira vez, em 2017, alegadamente por ter exercido os seus direitos de assistência à família.

O Tribunal considerou o despedimento ilegal e determinou a sua reintegração.

Voltou a ser despedida dois anos depois. A Administração da Fernando Couto acusou-a de difamação, depois da opinião pública ter conhecimento que a empresa a desconsiderava e humilhava há meses, ao obrigá-la a desempenhar tarefas improdutivas. Uma situação confirmada pela Autoridade das Condições de Trabalho (ACT) que originou o levantamento de um auto e aplicação de uma coima à empresa.

Em Junho de 2019, confrontada com as provas inequívocas de assédio laboral que a comprometia, a empresa aceitou voltar a reintegrar Cristina Tavares antes do início do julgamento que visava impugnar o segundo despedimento.

Este caso originou também duas contra-ordenações da ACT, por assédio moral e violação de regras de segurança e saúde no trabalho, tendo sido aplicadas coimas no valor global de cerca de 37 mil euros, que a empresa recusou pagar ao Estado. Recorreu e a seguir perdeu os recursos que apresentou no Tribunal de Trabalho, na Relação e no Tribunal Constitucional.

A trabalhadora  instaurou uma acção visando o pagamento de uma indemnização por danos sofridos pela prática de assédio laboral, mas em Julho de 2021, inexplicavelmente, o Tribunal da Relação do Porto absolveu a empresa desse pagamento.

Por isso, manifestámos a nossa total discordância e contestámos a decisão da Relação que na prática protegia o agressor – a empresa – e penalizava a vítima de assédio – a trabalhadora – com graves implicações na sua saúde, no plano físico e psicológico.

A trabalhadora não aceitou, recorreu e venceu!

  • Fez-se justiça!

Num processo que já vai longo, a trabalhadora viu, finalmente reconhecido o seu direito a uma indemnização por danos causados pelo assédio laboral, o que foi permitido pelo recente Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), para o qual tinha recorrido.

O STJ entendeu ainda que a indemnização deveria ser referente ao período do segundo despedimento – 10 de Janeiro de 2019 até 1 de Julho do mesmo ano – data da reintegração da trabalhadora.

Este acórdão do STJ, de Outubro de 2022, contraria a sentença do Tribunal da Relação do Porto (TRP), de Julho de 2021, devolvendo a definição do valor da compensação ao Tribunal do Trabalho de Santa Maria da Feira que a fixou agora, em Janeiro de 2023, em 5 mil euros.

  • A razão venceu a opressão!

Desde o início que Cristina Tavares sempre defendeu o seu posto de trabalho e rejeitou sucessivas propostas de rescisão do contrato.

Sempre afirmou e comprovou que o seu posto de trabalho não tinha sido extinto, que não abdicava do emprego a troco de dinheiro e que não desistia até que a justiça lhe desse razão face à situação de assédio laboral a que foi sujeita.

Ao longo destes seis anos, Cristina Tavares não esmoreceu nem desistiu de defender a sua dignidade enquanto mulher, trabalhadora e mãe. Manteve-se firme e resistiu corajosamente às insinuações, às pressões e ao desgaste psicológico que esteve subjacente a um processo desta natureza.

Acreditou, resistiu, lutou e ganhou.

E hoje continua a desempenhar as suas funções na empresa.

  • É preciso ir mais além no combate ao assédio laboral

Este caso, que se transformou numa causa contra o assédio traz de novo para a ordem do dia um problema laboral que continua a afectar milhares de trabalhadores, na sua maioria mulheres e que reclama, entre outras, alterações legislativas céleres e eficazes.

É tempo do Governo assumir as suas responsabilidades e passar da constatação à acção!

É necessário que a prática de assédio laboral seja considerada crime integrado no Código Penal, pois estamos perante situações de efectiva violência e agressão à integridade física e psicológica das vítimas.

É imperioso que se proceda à inversão do ónus da prova para todo e qualquer tipo de assédio e não apenas quando fundado em factores de discriminação.

É fundamental criar um sistema eficaz de protecção das testemunhas, que contribua para facilitar os meios de prova nos casos de assédio laboral.

É urgente a regulamentação das doenças profissionais derivadas do assédio laboral.

E já é mais do que tempo do Governo ratificar a Convenção 190.ª da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre a eliminação da violência e do assédio no mundo do trabalho, aprovada em 21 de Junho 2019. É que não basta falar, é preciso aplicar!

O combate ao assédio laboral é uma exigência de todos os que lutam pela defesa da dignidade dos trabalhadores, do trabalho com direitos e da humanização das relações laborais.

Santa Maria de Lamas, 16 de Janeiro de 2023

Enfermeiros em greve no hospital de Évora

IMG-20230105-WA0013Grande greve dos enfermeiros do hospital de Évora.

Os enfermeiros estão exaustos e somam entre 50 a 60 turnos extraordinários em cada escala. São, em média, 30 dias de feriados e tolerância que está em dívida a cada enfermeiro, num total de mais de 12000 horas.

Não aceitamos que esta situação se prolongue por mais um ano. 2023 tem de ser o ano da solução e por isso fazemos greve para exigir: Continuar a ler

SULPASTEIS ameaça Trabalhadores para aceitar alterações ilegais aos horários – NOTA DE IMPRENSA

A empresa SULPASTEIS, em Sarzedo, Arganil, apresentou recentemente aos seus Trabalhadores uma proposta de adenda aos seus contratos de trabalho, forçando que estes aceitem alterações ilegais aos seus horários de trabalho.

Perante a recusa dos Trabalhadores, os responsáveis estão a pressionar direta e individualmente cada um dos Trabalhadores, na sua maioria mulheres, ameaçando com processos disciplinares e despedimento, assentando num comportamento de claro assédio moral no local de trabalho, fazendo os Trabalhadores temer pela continuidade do seu emprego, de tal forma que se vejam impelidos a aceitar a proposta da empresa.

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A proposta de adenda ao contrato de trabalho que a empresa está a apresentar coloca como possível que os trabalhadores exerçam a sua atividade profissional em regime de turnos rotativos ou fixos, de adaptabilidade (ilegal), jornada contínua, ou em regime de trabalho noturno, de acordo com a vontade e o humor do patrão.

O SINTAB informou os Trabalhadores de que não são obrigados a aceitar a proposta da empresa, nem tão pouco suportar as ameaças das chefias, tendo já solicitado a intervenção dos serviços locais da ACT.

A SULPASTEIS é uma empresa de confeção e congelação de salgados, pastelaria, e produtos de mar, com sede na Zona Industrial da Relvinha, em Sarzedo, concelho de Arganil, e é maioritariamente detida pela CONGALSA, uma empresa espanhola do mesmo ramo, tendo o Presidente da assembleia de freguesia de Folques, Silvino da Conceição Gonçalves, como sócio minoritário.

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SILOS DE LEIXÕES, do GRUPO CHAMPALIMAUD, ameaça Trabalhadores individualmente por terem aderido à greve e realizado plenário – NOTA DE IMPRENSA

A empresa SILOS DE LEIXÕES, detida em exclusividade pelo GRUPO CHAMPALIMAUD, está desde hoje cedo, a abordar individualmente os Trabalhadores exercendo pressão e ameaçando com faltas injustificadas e processo disciplinar, por terem aderido à greve nos dias 9 e 12 de dezembro e realizado plenário no dia 13.

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Num documento escrito e assinado pela administração, que é entregue em mão durante uma abordagem individual e isolada a cada um dos Trabalhadores, dentro dos gabinetes do edifício administrativo, a empresa volta a imiscuir-se no direito de livre associação dos Trabalhadores, informando-os de que não podem estar representados pelo SINTAB.

O mesmo documento culpa os Trabalhadores por não terem assegurado serviços mínimos durante a greve, quando o próprio Ministério do Trabalho não os indicou, por nada haver a indicar.

Pode ainda ler-se, no texto, que os Trabalhadores realizaram o plenário apenas para prolongar os efeitos da greve, ainda que os mesmos, por intermédio do seu sindicato, tenham enviado, no dia seguinte, as conclusões do plenário à administração.

Culpam ainda os Trabalhadores por não terem assegurado, durante o plenário, serviços de caráter urgente e essencial, abusivamente solicitados pela empresa quando a lei é clara ao colocar o ónus da sua definição sobre a Comissão Sindical que procede ao agendamento do plenário. A Comissão Sindical não definiu quaisquer serviços de natureza urgente e essencial porque, conhecedora da atividade da empresa, nada identificou que pudesse por em causa a qualidade dos produtos, integridade dos equipamentos, ou segurança das instalações.

Os Trabalhadores indicam, aliás, que a atitude da empresa, durante a greve e o plenário, é que fez tábua rasa de todas essas exigências, ao colocar a trabalhar, ilegalmente, outros trabalhadores em substituição dos que estavam em greve.

O SINTAB enviou já três pedidos de intervenção inspetiva à ACT, sem que tenha recebido qualquer feedback, pelo menos do primeiro, uma vez que os inspetores visitaram a empresa, ainda que se tenham remetido ao edifício administrativo, sem contacto com nenhum trabalhador ou delegado sindical, conforme sugestão nossa.

Lembramos que, após o plenário, os Trabalhadores tinham solicitado uma reunião à administração, reforçando a sua preferência pela via do diálogo, o que a empresa, agora, com esta atitude ofensiva, demonstra não querer.

A empresa SILOS DE LEIXÕES é uma subsidiária do Grupo Champalimaud, detentora do contrato de concessão da operação de cargas, descargas e armazenamento de cereais no Porto de Leixões. Em 2012, a empresa procedeu ao afastamento do AE da Silopor, a cuja aplicação esteve obrigada por apenas 5 anos após o início da concessão, deixando, a partir dessa data, os Trabalhadores sem a maioria dos direitos que tinham até aí e sem atualizações salariais, durante 12 anos.

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Greve dos Trabalhadores da NOVADIS – Nota de Imprensa

Os Trabalhadores da Novadis estão em greve nos próximos dias 15, 16, e 21 de dezembro de 2022, contra a oposição declarada da empresa à negociação do seu Caderno Reivindicativo.

No dia 21 de dezembro, os Trabalhadores concentrar-se-ão em frente às instalações do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, onde decorrerá a reunião de prevenção de conflitos pedida pelo SINTAB à DGERT.

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Os Trabalhadores enviaram, no início de novembro, por intermédio do SINTAB, o seu caderno reivindicativo que havia saído dos diversos plenários realizados em diversos estabelecimentos da empresa por todo o país. As principais reivindicações residem sobre um aumento salarial de 10% em todos os salários, com garantia de aumento mínimo de 120 euros para todos os trabalhadores, melhoria do subsídio de alimentação, e da conciliação da atividade profissional com a vida pessoal dos Trabalhadores.

Em resposta, a empresa recusou negociar, remetendo para a contratação coletiva que mantém, a preceito, com a UGT, e que os Trabalhadores rejeitaram desde sempre, por não representar os seus interesses, declarando representatividade total no SINTAB / CGTP-IN.

A NOVADIS é uma sociedade unipessoal, detida exclusivamente pela SCC HEINEKEN, e é a empresa de distribuição dos produtos da Cervejeira de Vialonga em todo o País.

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Semana de luta também com expressão em Évora

A CGTP-IN convocou uma “Semana de Luta nas empresas e serviços | Acções de rua nos distritos”, entre 10 e 17 de Dezembro, com greves, paralisações e outras acções nas empresas, serviços e sectores e Acções de rua nos distritos, com o lema: Aumentar os salários e as pensões | Garantir os direitos

Este objectivo de luta é assumido pelos trabalhadores dos vários sectores do distrito de Évora e que nesta semana vai estar em luta nas formas de plenários, concentrações e greves. Continuar a ler

Greve nos Silos de Leixões – Nota de Imprensa

Os Trabalhadores dos SILOS DE LEIXÕES estarão em greve, durante todo o dia, na próxima sexta feira, dia 9 de dezembro e na próxima segunda feira, dia 12 de dezembro de 2022.

Constituirão ainda piquete de greve, à porta da empresa, a partir das 7:30h de sexta feira, dia 9 de dezembro, onde darão nota dos motivos da greve.

Prevê-se que a paralisação afete todas as cargas e descargas de cereais, nomeadamente o abastecimento à indústria alimentar, de moagens e panificação, e a descarga de navios, desde as 0:00h do dia 8 de dezembro até às 8:00h do dia 13.

Está ainda agendada a realização de um plenário de Trabalhadores para as 8:00h do dia 13, onde será feito um balanço da greve e decididas novas formas de luta, caso a empresa mantenha a sua irredutibilidade perante as reivindicações apresentadas.

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Os Trabalhadores salariais estiveram 12 anos sem aumentos salariais nem direito a contratação coletiva, isto depois de a empresa ter afastado o A.E da SILOPOR logo após o início da concessão.

Perante a luta dos Trabalhadores, e em resultado desta, a empresa processou, no ano passado, e à margem das negociações, aumentos salariais residuais, bem longe da reivindicação de 200€ que os Trabalhadores apresentaram, isto ainda antes da atual crise económica, cujo aumento excecional do custo de vida prejudica ainda mais o seu poder de compra e as suas vidas.

Já este ano, perante a insistência do SINTAB, a empresa declarou não querer sequer discutir aumentos de salários e muito menos a aplicação de contratação coletiva.

Perante isto, os Trabalhadores avançaram para a luta que agora se evidencia, não sem que a administração da empresa os tenha, nos últimos dias, tentado intimidar e aliciar, assim como tentou impedir a realização da greve, considerando-a ilegal sob argumentação descabida e sem fundamento.

A empresa SILOS DE LEIXÕES é uma subsidiária do Grupo Champalimaud, detentora do contrato de concessão da operação de cargas, descargas e armazenamento de cereais no Porto de Leixões. Em 2012, a empresa procedeu ao afastamento do AE da Silopor, a cuja aplicação esteve obrigada por apenas 5 anos após o início da concessão, deixando, a partir dessa data, os Trabalhadores sem a maioria dos direitos que tinham até aí e sem atualizações salariais.

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Trabalhadores das cantinas concessionadas hoje em greve

 

greve nacional das cantinas 281120222Os trabalhadores das cantinas concessionadas estão hoje, dia 28 de Novembro, em greve.

Esta greve foi convocada pela FESAHT- Federação dos Trabalhadores da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e abrange os trabalhadores que prestam serviço em todas as empresas e estabelecimentos no sector das cantinas e refeitórios.

Estes trabalhadores estão em luta pela negociação imediata do Contrato Colectivo de Trabalho sem perda de direitos, que contemple o aumento do salário em 10%, no mínimo 100 Euros por trabalhador, valorização da antiguidade, do trabalho por turnos e ao fim de semana, 35 horas semanais, 25 dias de férias. Os trabalhadores estão em ainda em luta contra a precariedade, em todas as suas formas, contratos de trabalho a termo certo e incerto e através de empresas de trabalho temporário, em postos de trabalho permanentes e denunciam, ao mesmo tempo, a falta de trabalhadores e a intensificação dos ritmos de trabalho.

Esta greve vai ter expressão de rua, com uma concentração dos trabalhadores frente à sede da AHRESP – Associação da hotelaria, restauração e similares de Portugal (associação patronal do sector) em Lisboa, que há anos mantém um bloqueio à negociação colectiva com a FESAHT.

Em Portalegre, as trabalhadoras da cantina, do bar e do refeitório do Hospital Dr. José Maria Grande, concessionados à Uniself, realizaram uma concentração frente ao Hospital, dando a conhecer a trabalhadores e utentes as razões do seu descontentamento e da sua adesão a esta greve nacional.