O tempo passa com a economia a crescer, os lucros dos patrões do sector a aumentar e os nossos salários a definhar.
Depois das desculpas da crise e da pandemia, as empresas já não podem fugir a responder às reivindicações para a melhoria das condições de vida e de trabalho.
Se antes já tinham o dever de melhorar os salários, agora, por mais que inventem, não podem deixar de os aumentar significativamente.
Uma reivindicação não só justa, como necessária e urgente, face ao aumento galopante da inflação.
Com efeito, se cada um de nós fizer as contas à subida dos preços dos combustíveis e da energia; da água e do gás; do peixe e da carne; dos legumes e da fruta; do pão e dos cereais e da previsível elevação dos juros, com impactos, nomeadamente na habitação, é caso para dizer que a inflação aumenta e a nossa carteira não aguenta.
O aumento significativo do salário base é fundamental para fazer subir os subsídios indexados à tabela salarial e melhorar os rendimentos das nossas famílias.
Mas não só. O aumento dos salários tem como consequência a elevação dos subsídios de desemprego e de doença e das pensões de reforma.
Os trabalhadores não podem continuar a ser lembrados para produzir e esquecidos para receber.
Este é o momento para dizer que as empresas não podem ser usadas como bunkers onde o patronato tem o direito de explorar e os trabalhadores o dever de aceitarem a exploração.
Cumprimos com os nossos deveres. Por isso não temos medo de exigir que respeitem os direitos de quem trabalha e contribui decisivamente para a construção da riqueza do país.
É hora de unir esforços e vontades pelo aumento dos salários,
a melhoria dos direitos e a defesa da nossa dignidade.
CONTAMOS CONTIGO NESTA LUTA QUE É DE TODOS
E PARA TODOS!
11 de Março de 2022 A DIRECÇÃO