CONTRA FACTOS, NÃO HÁ ARGUMENTOS!
Face ao comunicado da Direcção de Recursos Humanos da Cimpor de 22/02/2023 acerca da negociação do AE, vamos ao que interessa:
- A empresa teve no ano de 2021 um Resultado Líquido de 35,4 milhões de euros, o mais elevado dos três últimos anos. Por isso, não falta dinheiro para o aumento dos salários.
- Perante a elevada inflação, a redução do poder de compra e o descontentamento dos trabalhadores face à forma como foram distribuídos os lucros em 2022, a empresa sentiu a necessidade de processar 4% sobre os salários.
- Este valor foi aplicado apenas a partir de Julho limitando-se a mitigar parte do impacto da inflação verificada.
- Objectivamente, a proposta apresentada pela empresa para este ano é de 3,9% sobre os salários actualmente praticados.
- Ou seja, a partir de Janeiro de 2023, os trabalhadores não teriam um acréscimo mínimo de 110€, mas apenas uma actualização de 3,9% que pode significar, nuns casos, 40€, noutros 50€ e eventualmente noutros, 60€, mensais.
- Esta é uma proposta baixa para quem produz muito.
Se a Cimpor considera que os seus trabalhadores trabalham bem, então não tem de lhes pagar mal. Por isso, exigimos que a empresa responda positivamente às propostas sindicais.
- Quanto ao que se verifica nas mesas negociais de outras empresas, a Cimpor deve-se preocupar mais com aquilo que se passa cá e menos com o que acontece lá. Se o fizer, por certo, ultrapassará a actual situação.
- Nos processos negociais conduzidos pela FEVICCOM, os trabalhadores são quem mais ordena. São eles que constroem as reivindicações e têm voz determinante nas decisões.
Reafirmamos a nossa disponibilidade para uma negociação que assegure uma justa solução.
Compete agora à empresa dar os passos necessários para que tal aconteça.
A Direcção Nacional
23 de Fevereiro de 2023