Arquivos de Distrito

NÃO BASTA CRIAR EMPREGO. É PRECISO EMPREGO DE QUALIDADE.

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O movimento sindical unitário do distrito de Portalegre iniciou ontem, dia 1 de Fevereiro, o seu Roteiro contra a Precariedade, conjunto de acções que deverão ocorrer em todo o país durante o mês de Fevereiro e cujos objectivos são denunciar e intervir para resolver situações de precariedade nos locais de trabalho.

O Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS) e a União de Sindicatos do Norte Alentejano contactaram com os trabalhadores do Agrupamento de Escolas de Ponte de Sôr e o levantamento das situações de precariedade permite-nos dar rosto e números a este flagelo social.

Dos 194 professores do agrupamento 28 têm um vínculo de trabalho precário. O maior número do distrito. São professores contratados que vivem de mochila às costas há 11, 15, 18 anos, alguns a mais de 300 km de casa! São professores que fazem falta, e ao contrário do que se pensa a maioria não está em regime de substituição. Alguns estão em Ponte de Sôr há 3 anos, prova de que suprem uma necessidade permanente. Esta situação é intolerável para os trabalhadores que a vivem, para as suas famílias, para as escolas e para os estudantes!

Relativamente ao pessoal não docente, em greve no próximo dia 3 de Fevereiro, sexta-feira, registamos a existência de trabalhadores a exercer funções permanentes de vigilância das crianças, de apoio a actividades como por exemplo na biblioteca, nas cantinas e refeitórios, com vinculos precários como estágios e contratos de emprego e inserção, promovidos pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Além destes trabalhadores, que ao trabalho que fazem nas escolas deviam corresponder um contrato de trabalho, fazem falta muitos mais! Os trabalhadores existentes estão esgotados, com salários congelados há 10 anos e que, por mais que tentem, não podem estar em mais do que um serviço ao mesmo tempo. De notar que, a par do que vários sindicatos da CGTP-IN têm afirmado, as condições de trabalho são piores, faz-se sentir mais a falta de trabalhadores e existem mais trabalhadores em programas do IEFP, precisamente nas escolas cuja gestão dos recursos humanos não docentes passou já para as autarquias. No jardim de infância por exemplo, dos 10 trabalhadores contactados 4 estão a estagiar apesar de exercerem funções permanentes. Um dos trabalhadores frequentou programas do IEFP durante 3 anos, nas mesmas funções, no mesmo local de trabalho, antes de ser contratado pela autarquia por tempo indeterminado. Na escola EB 2,3, dos 13 trabalhadores não docentes 4 estão nos programas já referidos.

 

STAL EM ACÇÃO DE CONTACTO NA ETA DO CAIA

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O STAL – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins realizou no passado dia 24 uma acção de contacto com os trabalhadores das ALVT – Águas de Lisboa e Vale do Tejo, a exercer funções na ETA do Caia, em Elvas.

Dos 7 trabalhadores nesta ETA, 2 estão lá colocados através de uma empresa de trabalho temporário apesar de exercerem funções de carácter permanente. Vários turnos, à noite, fins de semana e feriados, são cumpridos apenas por um trabalhador, uma forma de reduzir custos que coloca os trabalhadores isolados e em sério risco.

Os trabalhadores da ALVT exigem o seu direito a contratação colectiva e estão na linha da frente no combate à privatização da água.

 

GREVE NOS HOSPITAIS DE PORTALEGRE E ELVAS

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A União dos Sindicatos do Norte Alentejano saúda os trabalhadores da saúde que ontem, dia 20, cumpriram, também no Norte Alentejano, um dia de greve em defesa dos seus direitos enquanto trabalhadores e em defesa do direito que todos temos, a serviços de saúde de qualidade.

A greve de hoje, cumprida pelos assistentes técnicos e os assistentes operacionais do sector da saúde fez-se sentir com particular intensidade nos Hospitais de Elvas e de Portalegre. Neste último os serviços de consultas externas estiveram encerrados porque a adesão à greve foi de 100% dos trabalhadores abrangidos.

De realçar que estes trabalhadores da saúde funcionam o ano inteiro em regime de “serviços minimos” quanto ao número de funcionários e em regime de “serviço máximo” em estabelecimentos sobrelotados com serviços “entupidos” e onde são os trabalhadores e técnicos de saúde a fazerem o “impossível” para conseguirem garantir as respostas minimas a quem ali se dirige.

TRABALHADORES DA EDP REUNEM-SE EM PLENÁRIO

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Os trabalhadores da EDP em Portalegre estiveram hoje, dia 18, reunidos em plenário com o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI). Além das questões concretas deste local de trabalho, foi discutida a proposta de revisão do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) que o SIESI irá apresentar à EDP e que incluiu uma proposta de aumentos salariais de 4%, num mínimo de 40 Euros e de actualização dos subsídios.

 

FUNÇÃO PÚBLICA APRESENTA CADERNO REIVINDICATIVO

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O Sindicato dos trabalhadores em funções públicas e sociais do estado do sul e regiões autónomas (STFPSSRA), apresentou um caderno reivindicativo na Casa de Repouso D. Maria Madalena Godinho de Abreu, uma IPSS localizada em Benavila, concelho de Avis.

Neste documento, submetido já à direcção desta fundação, constam as reivindicações dos trabalhadores do lar, tais como, a regulamentação dos horários de trabalho e o reposicionamento nas categorias e posições remuneratórias correspondentes às funções que os trabalhadores desempenham.

INTERVENÇÃO DE PAULA CALADO, DIRIGENTE DO SINDICATO DA HOTELARIA DO SUL E DA UNIÃO DE SINDICATOS DO NORTE ALENTEJANO, NO PLENÁRIO NACIONAL DE SINDICATOS DA CGTP-IN

IMG_20170112_170104Bom dia camaradas.

Sou dirigente do sindicato da hotelaria do sul e trabalhadora da cantina do hospital de Elvas, no distrito de Portalegre. Quero partilhar convosco as lutas que nós, trabalhadores das cantinas, bares e refeitórios dos hospitais de Elvas e de Portalegre, com o apoio da União dos Sindicatos do Norte Alentejano, temos desenvolvido.

Começo pela greve ao trabalho em dia feriado. Exigimos que fosse pago a dobrar e que esse direito fosse consagrado num acordo de empresa com a SUCH, empresa com quem tinhamos vinculo até agosto do ano passado. E conseguimos! O acordo foi publicado em BTE no dia 22 de agosto de 2016. No inicio de setembro do mesmo ano a SUCH subconcessionou todos os serviços que detinha nos hospitais, cantinas, bares e refeitórios à EUREST invalidando o nosso acordo.

Voltamos às greves. Com mais força, mais revolta, faixas, concentrações, reuniões. Só em Dezembro foram 4 greves! 4 dias de trabalho descontados para muitos trabalhadores. No dia 9 de Dezembro, um dia de greve agendado posteriormente, a somar aos 3 feriados de Dezembro. Saímos à rua. Colocamos faixas, protestamos em frente aos 2 hospitais, com a deslocação de trabalhadores em solidariedade de um hospital para o outro. Falamos à comunicação social. Divulgamos a nossa luta e as manobras a que temos sido sujeitos. E tudo remonta ao direito constitucional à contratação colectiva. A SUCH subconcessionou os serviços sem nunca ter cumprido o acordo que assinou com o nosso sindicato porque a lei permite que para fugir à contratação colectiva uma empresa subcontrate outra. Se chegarmos a assinar um acordo de empresa com a EUREST esta pode sub-subconcessionar a uma terceira empresa, isto afirmado pela ACT.

Mas a nossa luta não fica por aqui. Não aceitaremos mais manobras. Denunciamos, colocamos ACT e Direcção dos Hospitais a par do sucedido, da má qualidade das refeições de que todos os utentes e profissionais se queixam porque a comida é confeccionada fora do hospital até 3 dias antes de ser servida, da substituição de trabalhadores em greve, da falta de pessoal, do incorrecto pagamento dos subsidios de férias e de natal pelas duas empresas, um roubo aos trabalhadores, das más condições de trabalho. Tivemos resultados: alguns problemas relacionados com as condições de trabalho foram corrigidos, a comida passou a ser confeccionada no hospital, vamos formalizar a queixa pelo roubo de dias do subsidio de férias e vão abrir novo concurso para a concessão dos serviços no 2º trimestre deste ano.

Uma coisa é garantida camaradas, a EUREST não se vai embora sem pagar o que deve aos trabalhadores.

Estas manobras só servem para prejudicar trabalhadores e utentes e estes vão ser ganhos também para a nossa luta. Deste ano não passa, a criação de uma comissão intersindical no hospital de Portalegre para em unidade, com os camaradas enfermeiros e assistentes operacionais levarmos mais longe a luta em defesa de um serviço público de qualidade. A nossa contratação colectiva tem 19 anos, camaradas. Ainda tem os salários das categorias em escudos! Praticamente todos os trabalhadores ganham agora o salário minimo porque nós conseguimos que ele fosse aumentado! Luta a luta, local de trabalho a local de trabalho, nós somos mais e somos capazes de dar a volta a isto. É preciso não desistir, insistir e não esquecer que todos os direitos por que lutamos só serão conquistados através da contratação colectiva.

Viva a contratação colectiva!

Vivam os trabalhadores!

Viva a CGTP!

FUNÇÃO PÚBLICA PREPARA A GREVE DOS TRABALHADORES DA SAÚDE

IMG_20170113_102403 O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA) tem realizado inúmeras acções, entre plenários, contactos com os trabalhadores nos locais de trabalho e colocação de faixas, com o objectivo de preparar a greve que vai abranger os trabalhadores com vinculo público do sector da saúde, no próximo dia 20 de Janeiro, sexta-feira. Assistentes operacionais, assistentes técnicos, administrativos, técnicos superiores, trabalhadores indispensáveis para o funcionamento de hospitais e centros de saúde, estarão em luta pelo descongelamento das suas carreiras, pelas 35 horas semanais para todos e por aumentos salariais.

Acções sindicais do SITE-SUL na EVERTIS/SELENIS e na HUTCHINSON, em Portalegre

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Pelo objectivo de melhorar as condições de vida e trabalho nomeadamente através de aumentos salariais,  com vista a recuperar o poder de compra perdido nos últimos anos, o SITE – Sul esteve no passado dia 7 em contacto com os trabalhadores do Parque industrial de São Vicente (Evertis / Selenis) chamando à atenção para a necessidade da acção reivindicativa nos locais de trabalho conjugada com a negociação da contratação colectiva.
No próximo dia 14 esta acção realizar-se-a na empresa Hutchinson situada no parque industrial de Portalegre.

STAL DENUNCIA PRECARIEDADE NO MUNICIPIO DE SOUSEL

IMG_20170106_094853O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) realizou hoje uma acção de denúncia da precariedade laboral existente no Município de Sousel. Correspondendo desta forma à campanha de 4 anos contra a precariedade lançada pela CGTP-IN o ano passado, o STAL colocou pendões por todo o concelho de Sousel que dão conta da existência de trabalhadores com vinculos precários, desempregados com contratos de emprego e inserção (CEI), estagiários e contratados a prazo, a desempenharem funções permanentes da autarquia.

A USNA/CGTP-IN alerta para a proliferação dos vinculos precários em toda a adminstração pública e local, nas autarquias, no sector empresarial do estado, no sector da saúde e da educação, o que, para além de toda a instabilidade e risco de pobreza que acarretam para a vida dos trabalhadores envolvidos, desestabilizam e retiram qualidade e valências aos serviços públicos prejudicando no final de contas todos os cidadãos.

 

 

Perigo Nuclear à nossa porta

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A União dos Sindicatos tem vindo a acompanhar com preocupação as decisões do governo de Madrid em manter em funcionamento, fora de todos os prazos “razoáveis” a Central de Almaraz.

O governo de Madrid não só não procedeu ao encerramento da Central como decidiu agora, de forma unilateral, construir um aterro nuclear em Almaraz perpetuando o risco para toda a região envolvente.

A continuação desta “bomba relógio” a cerca de 100 quilómetros das nossas casas é um atentado à nossa segurança e põe em causa todo o nosso território. Lembremos que a central e depois o aterro se situam paredes meias com o rio Tejo que poderá ser contaminado em caso de acidente.

A USNA/cgtp-in disponibiliza-se desde já para com todas as organizações que defendem o encerramento da Central Nuclear, fazer tudo quanto lhe for possível para mobilizar os trabalhadores e as populações pelo encerramento da Central que por há muito ter esgotado o seu tempo normal de vida põe diariamente em causa a vida na nossa região.