Arquivos de Acção Sindical

A LUTA CONTINUA NA EMPRESA CARL ZEISS

A intenção patronal de impor a laboração contínua na Carl Zeiss Vision, em Setúbal, fracassou no dia 2 de Janeiro, em resultado de uma greve vitoriosa que decorreu de 31 de Dezembro de 2020 a 4 de Janeiro de 2021.

Novas greves estavam já convocadas para todos os fim-de-semanas de Janeiro, e ontem dia 9 e hoje dia 10 realizaram-se novas lutas, na empresa de Setúbal.

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Para além da defesa do período normal de trabalho de segunda a sexta-feira, consagrado no Acordo de Empresa, que a empresa teima em desrespeitar, muitas e boas razões há para os trabalhadores realizarem estas lutas.

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O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira e a Comissão Sindical da Carl Zeiss já marcaram novos plenários com os trabalhadores para a próxima sexta-feira dia 15 de Janeiro, para colectivamente acompanhar e decidir sobre os desenvolvimentos deste processo de luta.

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Os Trabalhadores da Carl Zeiss unidos, jamais serão vencidos!

GREVE VITORIOSA NA VIDREIRA CARL ZEISS

Terminou à meia-noite de 4 de Janeiro a greve iniciada em 31 de Dezembro e que contou com uma adesão massiva dos trabalhadores e trabalhadoras da empresa Carl Zeiss, em Setúbal, na maioria jovens, contra a laboração contínua e em defesa da conciliação do trabalho com a vida pessoal e familiar.

A adesão rondou os 100% em todos os turnos, o número de novas sindicalizações duplicou e a intenção patronal de impor a laboração contínua no sábado, 2 de Janeiro, fracassou.

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O Sindicato, em representação dos trabalhadores, avançou também com uma providência cautelar e entregou um pré-aviso de greve para os próximos fins-de-semana. O próximo período de greve terá início às 00h00 de sábado, 9 de Janeiro.

Para além da defesa do período normal de trabalho de 2ª a 6ª feira, consagrado no Acordo de Empresa, que a empresa teima em desrespeitar, as razões desta luta estendem-se ainda à:

  • Defesa do direito de contratação colectiva e negociação da proposta reivindicativa para 2021;
  • Integração no quadro de efectivos de todos/as os/as trabalhadores/as de empresas de trabalho temporário que desempenham funções permanentes na Carl Zeiss;
  • Exigência de cumprimento dos direitos de maternidade e de paternidade;
  • Rejeição da pressão psicológica e do assédio laboral;
  • Realização de testes à COVID-19, a todos/as os/as trabalhadores/as através dos serviços da saúde ocupacional da empresa.

A resolução do conflito está nas mãos da Administração!

Os trabalhadores cumprem com os seus deveres; exigem respeito pelos seus direitos!

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Greve na Carl Zeiss Vision Portugal

Os trabalhadores da CARL ZEISS VISION PORTUGAL estão em greve a partir das 00h00 de hoje dia 31 de Dezembro 2020 até às 24h00 do dia 4 de Janeiro de 2021. Lutam para defender o actual período normal de trabalho, de segunda a sexta-feira, tal como está consagrado no Acordo de Empresa e rejeitam a imposição patronal de laboração contínua a partir de 2 de Janeiro de 2021.

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A força da razão é a razão da nossa luta!

Os trabalhadores da CARL ZEISS lutam para defender o actual período normal de trabalho, de segunda a sexta-feira, tal como está consagrado no Acordo de Empresa e rejeitam a imposição patronal de laboração contínua a partir de 2 de Janeiro de 2021.

Para além da defesa do período normal de trabalho, com descanso ao sábado e domingo, as razões da luta estendem-se também à:

• Defesa do direito de contratação colectiva e negociação da proposta reivindicativa para 2021;

• Integração no quadro de efectivos de todos/as os/as trabalhadores/as de empresas de trabalho temporário que desempenham funções permanentes na Carl Zeiss;

• Exigência de cumprimento dos direitos de maternidade e de paternidade;

• Rejeição da pressão psicológica e do assédio laboral;

• Realização de testes à COVID-19, a todos/as os/as trabalhadores/as através dos serviços da saúde ocupacional da empresa.

Está nas mãos da Administração da empresa a resolução do conflito!

Os trabalhadores cumprem com os seus deveres; exigem que respeitem os seus direitos!

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TECNOVIA não pagou subsídio de natal

Até ao presente momento a TECNOVIA – Sociedade de Empreitadas, S.A. ainda não procedeu ao pagamento do Subsídio de Natal aos seus trabalhadores.

Ora o pagamento referido acima, é devido aos trabalhadores e deveria ter sido liquidado de acordo com a legislação geral de trabalho e no art.º 40º nº5 do CCT entre a AECOPS e a nossa Federação-FEVICCOM, até dia 15 de Dezembro.

Esta situação, a juntar-se ao reiterado atraso no pagamento da retribuição mensal aos trabalhadores, têm provocado diversas complicações na gestão mensal dos seus compromissos perante terceiros (ex. cumprimento de pagamentos de créditos pessoais e\ou habitação) e até algumas penalizações pecuniárias por incumprimentos.

Face a esta situação, o STCCMCS solicitou, com caracter de urgência informação à TECNOVIA sobre o pagamento do Subsídio de Natal e exige ser recebida em reunião para colocar as preocupações manifestadas pelos trabalhadores com a situação que a empresa atravessa.

FONTE: STCCMCS-Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Madeiras, Mármores, Cortiças do Sul e RA.

Vitória alcançada nas Pedreiras!

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Trabalhadores das Pedreiras vencem apoiados na força da razão!

O STCCMCS após uma intensa e prolongada acção e luta desenvolvida pelos trabalhadores das PEDREIRAS, de Norte a Sul do País, informa que ontem foi aprovado na Assembleia da República, aquilo que faltava: o fim do factor de sustentabilidade para todas as pensões de reforma das Pedreiras, incluindo as de 2019.

VALEU A PENA LUTAR!

VALE SEMPRE A PENA LUTAR!

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Conquista alcançada, mas ainda não totalmente resolvida

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Resultado da Reivindicação, Persistência e Luta!

Foi aprovado pela Lei do Orçamento de Estado 2019, a alteração ao regime especial de acesso às pensões de invalidez e de velhice dos trabalhadores do interior das minas, que alarga o anterior regime aos trabalhadores das lavarias de minério e aos trabalhadores da extracção ou transformação primária da pedra, incluindo a serragem e o corte da pedra em bruto.

Apesar desta importante vitória, ainda persistem problemas por resolver:

  • A recente alteração/eliminação do factor de sustentabilidade aos trabalhadores que se reformam ao abrigo deste regime apenas consagra os pedidos feitos desde 1 de Janeiro 2020;
  • A interpretação sobre as categorias profissionais/definição de funções dos trabalhadores pelos serviços da Segurança Social tem provocado bastantes indeferimentos injustificados;
  • A morosidade, mesmo num quadro de situação epidémica que se vive, no desenvolvimento dos processos de atribuição das reformas é exagerada.

Face a estas situações, o STCCMCS e a Federação reuniram com o Ministério do Trabalho e os serviços da Segurança Social/Centro Nacional de Pensões, tendo sido criado um canal de comunicação directo com estes organismos, de forma a agilizar a resolução dos processos parados ou bloqueados.

As matérias mais problemáticas detectadas pelo STCCMCS, prendem-se com as categorias profissionais/definição de funções atribuídas aos trabalhadores, que por vezes estão em desconformidade com as existentes na Contratação Colectiva do sector, o que tem originado problemas na atribuição da reforma.

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A força da Razão é a Razão da nossa Luta!

O STCCMCS – Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Madeiras, Mármores e Cortiças do Sul e Regiões Autónomas, avançou com o Abaixo-assinado “Diuturnidades para todos, sem discriminação!“ para valorizar a experiência e a antiguidade dos operários corticeiros!

Para acabar com esta discriminação contacta o teu delegado ou dirigente sindical ou subscreve on-linehttps://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT103994

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Feviccom: Trabalhadores da Carl Zeiss mobilizam-se contra a laboração contínua

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Os trabalhadores da Carl Zeiss Vision Portugal, o STIV e a FEVICCOM mobilizaram-se para travar a tentativa de imposição de horários de trabalho de laboração contínua naquela empresa contra a vontade dos mesmos.

Os trabalhadores massivamente rejeitaram esta tentativa de alteração unilateral dos horários de trabalho, e aproveitaram os plenários realizados para discutir também a proposta reivindicativa para 2021.

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FEVICCOM / STIV

OBRA CASCAIS ATRIUM trabalhadores testam positivo para COVID19

Na obra de reabilitação\remodelação do Edifício CASCAIS ATRIUM, em Cascais, a cargo do empreiteiro geral CASAIS – ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, SA, com sede em Braga, seis trabalhadores testaram positivo para COVID19 na passada sexta-feira. A estes trabalhadores infectados somam-se mais cinco trabalhadores que se encontram em isolamento profiláctico, cujos testes também deram positivos na terça-feira da mesma semana.

Esta obra, de reabilitação\remodelação, ocorre, após o violento incêndio do ano de 2016, que destruiu cerca de 70 dos seus apartamentos e de outro ocorrido à cerca de um ano.

A cargo da empresa CASAIS, estarão em permanência nesta obra, cerca de cem trabalhadores, que de quinze em quinze dias retornam aos seus Concelhos de origem em viaturas colectivas sem as respectivas medidas de prevenção.

Os trabalhadores sentem receios para a sua saúde e das suas famílias, que a empreitada se mantenha e que tenham sido expostos a riscos desnecessários, uma vez que só na passada semana, e depois dos casos positivos conhecidos, é que a empresa tomou medidas de distribuição de máscaras e determinou o seu uso obrigatório. Que complementará com viseiras e desfasamento das equipas em obra, a partir da próxima semana – é caso para dizer, depois de casa arrombada, trancas à porta!

NÃO PODEM SER OS TRABALHADORES A SUPORTAR O CUSTO DA PANDEMIA!

O ambiente vivido por estes trabalhadores e nesta obra, vêm infelizmente dar razão à posição publica assumida pela nossa federação, FEVICCOM\CGTP-IN, onde referia que “é imperiosa a suspensão das obras e empreitadas em Portugal, com garantia de pagamento dos salários dos trabalhadores da Construção Civil e Obras Públicas. Esta suspensão tornou-se um imperativo nacional para a salvaguarda da saúde dos próprios trabalhadores, das suas famílias e da população. É a defesa da saúde pública que está em causa! O Governo tem de tomar novas medidas e legislar, urgentemente, para suspender as obras, defender a saúde dos trabalhadores e impedir encerramento das empresas, integrando regras próprias para este sector nos próximos dias aquando da previsível renovação do Estado de Emergência pelo Presidente da República.”

LUTAR CONTRA A PANDEMIA PELA SAÚDE E PELOS DIREITOS!

O STCCMCS participou esta situação à ACT e remeteu de imediato um pedido de esclarecimento à Câmara Municipal de Cascais, sobre que conhecimento têm na situação vivida por estes trabalhadores no seu Concelho, em simultâneo com um pedido de intervenção aos serviços de fiscalização e protecção civil municipais – organismos com responsabilidades no licenciamento e de intervenção nas matérias de segurança nesta obra.

FONTE: STCCMCS-Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Madeiras, Mármores, Cortiças do Sul e RA.

TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL: filhos de um Deus menor?

No mesmo dia em que a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) arranca (finalmente…) com uma acção nacional de fiscalização em empresas e quando está prestes a terminar o actual Estado de Emergência, é imperiosa a suspensão das obras e empreitadas em Portugal, com garantia de pagamento dos salários dos trabalhadores da Construção Civil e Obras Públicas.

Esta suspensão tornou-se um imperativo nacional para a salvaguarda da saúde dos próprios trabalhadores, das suas famílias e da população. É a defesa da saúde pública que está em causa!

O Inquérito Rápido e Excepcional às Empresas (COVID-IREE) divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e Banco de Portugal (BP), comprova que o sector da Construção e Actividades Imobiliárias é aquele que mantém em funcionamento a maioria das empresas (91%).

Na maior parte dos casos – visíveis nas obras de rua e nos estaleiros em todo o país – os trabalhadores não têm condições de segurança e saúde: sem máscaras, sem luvas, sem gel desinfectante, sem ser garantida a distância física mínima, sem condições sanitárias, sem acompanhamento nem controlo da medicina do trabalho, estes trabalhadores estão expostos ao contágio e a ser obrigados a trabalhar todos os dias nestas condições.

Mesmo em obras públicas de maior envergadura, como as da Iberdrola, em Ribeira de Pena, impõe-se a sua paragem imediata, para defesa da saúde dos cerca de 1.800 trabalhadores que ali laboram.

O Governo tem de tomar novas medidas e legislar, urgentemente, para suspender as obras, defender a saúde dos trabalhadores e impedir encerramento das empresas, integrando regras próprias para este sector nos próximos dias aquando da previsível renovação do Estado de Emergência pelo Presidente da República.

A título de exemplo, veja-se o tratamento discriminatório em relação aos trabalhadores do sector da Construção expresso na Mensagem do Presidente da Comissão Executiva (CEO) do Grupo NOV (ex-Grupo Lena), enviada a todos os trabalhadores do Grupo no passado dia 1.

Outro exemplo de falta de condições de segurança e saúde é o da construção do Hospital CUF-Tejo, em Lisboa (empreiteiro-geral: Teixeira Duarte), para a qual já foi requerida a intervenção da ACT.

A Construção Civil tem cerca de 300 mil trabalhadores, profissionais qualificados num sector onde abundam os vínculos precários, os salários baixos e a falta condições de segurança e saúde no trabalho.
São eles que constroem as casas onde nos recolhemos em tempos de pandemia, os hospitais onde somos tratados, as estradas e as pontes que nos unem. Merecem ser tratados com dignidade!

 

A DIRECÇÃO NACIONAL

FEVICCOM – Federação Portuguesa dos Sindicatos da Cerâmica, Construção e Vidro