LIDL em Montemor-o-Novo fechado 1 MAIO

Resized_20180501_111038 (1)Trabalhadores,  do LIDL em Montemor-o-Novo, assinalam o dia 1º de Maio- Dia Internacional do Trabalhador, com Greve. Fechando a sua loja e concentrados à porta do seu local de trabalho, respondendo desta forma ao pré- aviso de greve anunciado pelo CESP. Culminando, assim a jornada de luta de 3 dias de Greve nesta empresa. Desta forma manifestam o seu descontentamento, perante a empresa. Que não ouve os trabalhadores e não responde às suas reivindicações , desrespeitando as mesmas.

O Lidl mantém no quadro atual um constante e forte crescimento global e já está presente com lojas em 25 países. Só como exemplo, o Lidl teve, no último ano fiscal de 2017, receitas totais de mais de 50 mil milhões de euros. Investimentos (essencialmente imobiliários) de 7 mil milhões de euros. E a administração-delegada em Portugal quando confrontada com a exigência dos trabalhadores de aumentos salariais (que só aconteceram uma única vez nos últimos sete anos), apesar de dizer entender ser esta uma reivindicação mais que justa dos trabalhadores, desdobra-se em argumentos falsos. Primeiro, porque afirma estar a Alemanha a suportar a permanência das lojas do Lidl em todos os outros países, quando na verdade a Alemanha apenas representa 30% das receitas totais do Lidl. E segundo, quando afirma que o custo com os trabalhadores da empresa representa grande parte dos orçamentos anuais, sendo que na verdade estes apenas equivalem a 9% das receitas totais do Lidl.

As reivindicações destes trabalhadores, enquadram- se com as dos outros colegas nas lojas de todo o país. Destacando-se, assim:

O fim de horários desregulados de trabalho, principalmente dos trabalhadores a tempo parcial, que os impede de ter outro trabalho e assim completar o salário;

O direito à jornada completa de trabalho;

O fim da pressão, repressão e assédio sobre os trabalhadores e resolução das situações já denunciadas;

Exigem ainda ao Lidl como membro da APED: a negociação do Contrato Colectivo de Trabalho do sector; a manutenção sem perda do valor pago por trabalho suplementar e por trabalho em dia de feriado;

A cessação definitiva dos bancos de horas.

O aumento do salário;

O encerramento no dia 1º de  Maio.

Estes trabalhadores contaram com a solidariedade dos dirigentes da USDE/CGTP-IN, que estiveram presentes no local.

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