A Direcção da USDE/CGTP-IN saúda todos os dirigentes, delegados e activistas sindicais, que de forma determina se desdobraram em diversas acções de esclarecimento e mobilização dos trabalhadores e da população para a participação nas grandiosas iniciativas do 1 Maio que realizamos no Distrito.
Saudamos igualmente, os trabalhadores, os jovens, os desempregados e os reformados que, no dia 1 de Maio mais de dois mil em todas as comemorações em que a parte da manhã teve uma vertente cultural e desportiva em Arraiolos, Évora, Montemor-o-Novo, Vendas Novas e que saíram à rua com as suas reivindicações participando na grande manifestação distrital que começou junto ao teatro Garcia Resende até à Praça 1 Maio em Évora, fazendo do Dia Internacional do Trabalhador uma jornada nacional de luta memorável para “avançar nos direitos; valorizar os trabalhadores”.
Portugal precisa de valorizar os trabalhadores para se desenvolver económica e socialmente. O aumento dos salários é fundamental para assegurar uma outra distribuição da riqueza, melhorar o poder de compra das famílias, dinamizar a procura interna, criar mais e melhor emprego, combater as desigualdades e a pobreza laboral, reforçar a sustentabilidade da segurança social e garantir a melhoria das pensões de reforma e da protecção social.
O tempo que vivemos exige escolhas transparentes e objectivas. Urge falar claro e fazer opções. Os trabalhadores precisam de saber com quem podem contar.
No momento em que se aproximam as eleições para a Assembleia da República, a CGTP-IN apresenta 5 eixos centrais reivindicativos para colocar o País no rumo do progresso e justiça social, os quais foram aprovados no final da manifestação.
- Avançar com o aumento geral dos salários dos trabalhadores, a valorização das profissões e a fixação do salário mínimo nacional nos 850€ a curto prazo, manifestando, desde já, disponibilidade para discutir a sua implementação.
- Avançar com a revogação das normas gravosas da legislação do trabalho e a rejeição da proposta laboral do Governo do PS, exigindo a extinção da norma da caducidade da contratação colectiva e o cumprimento dos princípios constitucionais do tratamento mais favorável, da estabilidade e segurança no emprego e da organização do trabalho em condições socialmente dignificantes para permitir a conciliação da vida profissional com a vida pessoal e familiar.
- Avançar com um combate sério à precariedade, com a passagem a efectivos dos trabalhadores dos sectores público e privado que ocupam postos de trabalho permanentes, assegurando assim o cumprimento dos princípios constitucionais do direito ao trabalho e ao trabalho com direitos e da segurança no emprego.
- Avançar para as 35 horas de horário de trabalho semanal, sem perda de retribuição, num quadro em que com a evolução científica e tecnológica é necessário assegurar o emprego para todos e a colocação das mais valias produzidas ao serviço dos trabalhadores, dos povos e dos países.
- Avançar no reforço do investimento nos serviços públicos, nas funções sociais do Estado e na valorização dos trabalhadores da Administração Pública, para garantir a melhoria dos serviços a prestar às populações, indissociável da qualidade e esperança de vida e da coesão social e territorial do País.
Uma luta que vai continuar e saudamos, dia 10 Maio manifestação nacional convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública para Lisboa e todas as outras lutas que se vão realizar em empresas dos sectores público e privado.
Sim, vamos à luta também em 26 de Maio, dia das eleições para o Parlamento Europeu. Os trabalhadores e o País não precisam de mais deputados para defender a União Europeia neoliberal, federalista e militarista. Os trabalhadores precisam é de eleger mais deputados que defendam os seus direitos e interesses, contra as imposições e arbitrariedades da União Europeia. Vamos levar a luta até ao voto e votar naqueles que sempre apoiam os trabalhadores, que se solidarizam e estão de acordo com suas reivindicações, anseios e lutas.