Por um País mais justo e pela valorização dos trabalhadores da Administração Pública é urgente aumentar os salários em 90€ para todos os trabalhadores, revogar o SIADAP, corrigir a Tabela Remuneratória Única, valorizar as carreiras e reforçar os serviços públicos. Não podem ser sempre os mesmos a fazer sacrifícios!
Tudo aumenta, menos os salários!
Após mais de uma década de estagnação salarial e num quadro que o Instituto Nacional de Estatística confirmou, para Março, uma taxa de inflação homóloga de 5,3%, a Frente Comum exige um aumento para todos os trabalhadores no valor de 90€ JÁ!
O caminho do empobrecimento dos trabalhadores, em que o governo quer insistir significa, para os trabalhadores da Administração Pública, 15,4% de perda do poder de compra, desde 2009! Em algumas categorias e sectores, as perdas são ainda mais expressivas.
Há dinheiro e demais condições para fazer uma política diferente: não falte a coragem ao governo para optar pela valorização dos salários de quem trabalha!
Revogação do SIADAP e valorização das carreiras da administração pública
O SIADAP é um sistema injusto e desadequado de avaliação dos trabalhadores, que em nada promove o seu bom desempenho e a qualidade dos serviços públicos.
Aplicando um sistema de quotas, que impede objectivamente a progressão na carreira da esmagadora maioria dos trabalhadores, é um sistema de avaliação que não serve.
A Frente Comum exige a revogação imediata do SIADAP e sua substituição por um sistema de avaliação sem quotas, formativo, transparente, equitativo e justo, que valorize, realmente, os trabalhadores, potenciando o desenvolvimento e progressão profissionais e a recuperação, valorização e dignificação das carreiras profissionais.
Reforço dos serviços públicos
Anos de política de direita impuseram o desinvestimento nos meios técnicos e humanos dos serviços públicos, na precarização dos vínculos, no encerramento de serviços, com óbvio prejuízo para os trabalhadores e as populações.
A Frente Comum exige o fim da precariedade e a contratação imediata e com direitos, retomando o vínculo de nomeação, de trabalhadores em todos os sectores da Administração Pública.
O financiamento adequado dos Serviços Públicos e o reforço das Funções Sociais do Estado são fundamentais. O caminho de promiscuidade entre o sector público e privado tem que ser invertido em todos os sectores da Administração Pública, o que só é possível com uma alteração de políticas.
Correcção da Tabela Remuneratória Única – uma urgência!
A eliminação de posições remuneratórias e a compressão dos escalões têm vindo a criar situações insustentáveis para os trabalhadores.
Muitos milhares passam toda a sua carreira sem receber mais do que o salário mínimo nacional e outros, com décadas de experiência ganham o mesmo que quem agora entrou.
A Frente Comum exige a correcção da Tabela Remuneratória Única, respeitando a lei, isto é, valorizando os salários e garantindo a proporcionalidade entre os escalões remuneratórios.
Dia 20 de Maio é dia de luta!
O governo não pode continuar a propagandear uma suposta modernização da Administração Pública, deixando de fora o seu activo mais valioso, os trabalhadores. A proposta de OE 2022 do governo PS, recusa a valorização dos trabalhadores e dos Serviços Públicos.
Haja vontade política e altere-se!
Do Marquês de Pombal até à Assembleia da República, vamos mostrar ao governo que não contará com o nosso silêncio para validar as suas políticas!