A CGTP-IN convocou para o dia de hoje, dia 9 de Fevereiro, um Dia Nacional de Indignação, Protesto e Luta, com o objectivo de dar expressão ao descontentamento de trabalhadores de todos os sectores, em vários locais de trabalho, relativamente à sua perda de poder de compra em resultado do aumento brutal do custo de vida.
Por todo o país os trabalhadores exigiram melhores condições de trabalho em vários locais de trabalho, dando força à luta pelo aumento geral dos salários.
No distrito de Portalegre houve greve em várias empresas e serviços, convocadas pelos sindicatos de classe da CGTP-IN. Foi o caso dos trabalhadores da Amorim Florestal em Ponte de Sôr, uma greve convocada pelo STCCMCS – Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Madeiras, Mármores e Cortiças do Sul e Regiões Autónomas, dos trabalhadores das cantinas, bares e refeitórios dos Hospitais do distrito, convocada pelo Sindicato da Hotelaria do Sul, do pessoal não docente das escolas da cidade de Portalegre e do sector social, ambas convocadas pelo STFPSSRA – Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas.
A greve na Amorim Florestal de Ponte de Sôr, que decorreu apesar da forte pressão patronal, contou com um piquete de greve e concentração de trabalhadores e activistas sindicais à entrada da empresa.
As greves do pessoal não docente das escolas da cidade de Portalegre e dos trabalhadores do sector social também tiveram expressão de rua, numa concentração dos trabalhadores em greve, frente a Câmara Municipal de Portalegre. Estes trabalhadores deslocaram-se depois e participaram na Praça da Indignação dinamizada pela União dos Sindicatos do Norte Alentejano, frente ao Palácio Póvoas no Rossio e onde participaram outros trabalhadores em greve além de activistas sindicais.
Teve lugar ainda um plenário de rua, organizado pelo STAL, frente às Oficinas Municipais da Câmara Municipal de Nisa, um local de trabalho onde a intervenção sindical continua a ser fortemente constrangida.
Em todas as acções, em Portalegre e por todo o país, os trabalhadores demonstraram unidade e disponibilidade para intensificar a luta por:
- O aumento dos salários em, pelo menos, 10% e não inferior a 100€, para todos os trabalhadores;
- A valorização das carreiras e profissões;
- A fixação dos 850 euros para o Salário Mínimo Nacional com referência a Janeiro de 2023;
- A efectivação do direito de contratação colectiva;
- 35h para todos e combate à desregulação dos horários;
- A erradicação da precariedade;
- A revogação das normas gravosas da legislação laboral;
- O aumento de todas as pensões e reformas, que reponha o poder de compra e assegure a sua valorização;
- O reforço dos serviços públicos e funções sociais do Estado, o direito à habitação.