Intensifica-se e amplifica-se a luta no Distrito de Évora

1 Maio - Évora  (6)A comissão executiva da Direcção da USDE/CGTP-IN, na sua reunião avaliou a realidade que se vive no distrito, sauda o Movimento Sindical e, por seu intermédio, todos os trabalhadores e trabalhadoras que participaram ontem no Dia Nacional de Indignação, Acção e Luta, e que fizeram deste dia um momento alto da contestação e rejeição da política de exploração e empobrecimento. A intervenção dos trabalhadores na discussão e definição das reivindicações e decisões quanto às acções a desenvolver, foi determinante para o impacto que este dia teve na generalidade das empresas envolvidas.

A Comissão Executiva da USDE/CGTP-IN apela aos trabalhadores, jovens, desempregados, reformados e a outras camadas da população que assumam nas suas mãos, a luta mais geral que estejam presentes na Caminhada que vai ter expressão já no próximo dia 23 de Novembro com inicio pelas 10H no Rossio de São Braz até à Praça do Giraldo, em Évora, integrada na Marcha Nacional da CGTP-IN pelo Emprego, Salários e Pensões, Direitos e Serviços Públicos.

Prosseguir e intensificar a luta contra a política de direita, pela demissão do Governo PSD-CDS e a marcação de eleições antecipadas, constitui não só um direito como um dever de todos quantos lutam pela afirmação dos valores e direitos de Abril e por uma política de esquerda e soberana.

Resolução

UM MOMENTO ALTO DA LUTA CONTRA A EXPLORAÇÃO E O EMPOBRECIMENTO

LUTAR PELO EMPREGO, SALARIOS E PENSÕES, DIREITOS E SERVIÇOS PÚBLICOS

OS VALORES DE ABRIL NO FUTURO DE PORTUGAL

A realidade que se vive no distrito, tal como em todo o país, mostra como eram falsas as promessas do Governo quando afirmava que ia proceder a uma viragem nas opções políticas e nas medidas de “austeridade”, há mais de 100 dias da anunciada saída da tróica. Passados mais de cinco meses depois de ter terminado formalmente o “programa de agressão”, o Governo não só impõe a continuação da política de direita, como mantém e agrava os sacrifícios, projectando uma nova fase da ofensiva, assente num feroz ataque às instituições democráticas do Estado e à própria Constituição da República, com o objectivo de intensificar ainda mais a exploração dos trabalhadores e aumentar o empobrecimento do povo.

Em três anos de Governo PSD/CDS com a desculpa do Pacto de Agressão, foram destruídos 234 mil postos de trabalho no país, sendo que muitas centenas foram no nosso distrito. Sendo já mais de 20 mil desempregados no distrito, regista-se que existem milhares de estagiários desempregados ou ocupados em contratos emprego-inserção, aumentando a precariedade do emprego. Nove em cada dez empregos criados foram precários, forçando assim milhares de trabalhadores desempregados a saírem do nosso distrito, a maioria jovens.

A tróica foi-se embora, “Saída limpa”, ficou o Orçamento do Estado 2015, continua a política de exploração e empobrecimento. Mantem-se o roubo nos salários e pensões que eram provisórios, agora querem que passem a definitivos. Enquanto sobem os impostos sobre os rendimentos de quem trabalha, baixam os impostos sobre os rendimentos do capital: o IRC passou de 25% para 21%. Cortam ainda mais nas funções socias do estado (Encerram escolas e postos de saúde). Vão continuar a dar milhões, que roubam aos trabalhadores e reformados, para dar ao capital.
O Governo que ataque ferozmente os trabalhadores da administração pública com o aumento do horário de trabalho para as 40H, despede trabalhadores e privatiza sectores estractégicos da nossa economia. No sector privado posiciona-se ao lado do patronato demonstrando a sua opcção de classe, aumentando a exploração e empobrecimento, bloqueando e liquidando a contratação colectiva, matéria que se verifica na grande maioria das empresas do distrito, não existindo aumentos salarias há vários anos.

Neste contexto adverso e de muitos sacrifícios para os trabalhadores e o povo, é possível resistir, lutar e vencer muitas batalhas, até derrotar definitivamente este Governo. As imensas lutas travadas nos locais de trabalho e nas ruas e praças do distrito e país, de que é exemplo o dia 13 de Novembro, Dia de indignação, acção e luta, pelo aumento geral dos salários, emprego com direitos, por uma política de esquerda e soberana, com resultados muitos positivos, mostram que é este o caminho que temos de continuar, alargar e intensificar.

A Comissão Executiva da USDE/CGTP-IN saúda o Movimento Sindical e, por seu intermédio, todos os trabalhadores e trabalhadoras que participaram no Dia Nacional de Indignação, Acção e Luta, e que fizeram deste dia um momento alto da contestação e rejeição da política de exploração e empobrecimento. A intervenção dos trabalhadores na discussão e definição das reivindicações e decisões quanto às acções a desenvolver, foi determinante para o impacto que este dia teve na generalidade das empresas envolvidas.

Neste quadro, para além das adesões significativas verificadas na esmagadora maioria dos locais de trabalho, é de realçar:

  • A greve das trabalhadoras da Eurest na Área de serviço de Montemor-o-Novo da A6, que teve uma forte adesão e se deslocaram para Lisboa, juntando-se assim às centenas de trabalhadores da empresa numa concentração junto da sede da empresa.
  • A greve de 1H dos trabalhadores da Solubema, onde foi entregue o caderno reivindicativo junto da empresa.
  • A realização de um grande plenário dos trabalhadores da Multiauto junto da sede da empresa, onde participaram trabalhadores de Évora, Beja, Sines e Setúbal, apresentando assim o caderno reivindicativo.
  • A recolha de mais de 100 assinatura dos trabalhadores da Camara de Mourão e com a entrega junto da presidência, a reivindicar as 35 horas semanais e concretização da assinatura do ACEP.
  • Concentração de trabalhadores do Agrupamento de escolas de Montemor-o-Novo, com a sensibilização dos pais e alunos, sobre as condições de funcionamento, falta de pessoal e pela defesa das 35h semanais de trabalho.
  • Em defesa da escola pública, uma gestão democrática e de justiça social, o SPZS no distrito teve acções de esclarecimento junto dos professores e pais, com aprovação de Moções enviadas para o Ministério da Educação e Ciência.
  • A Greve dos enfermeiros do dia 14 Novembro, que está a contar com forte adesão no por todos os Centros de Saúde e no Hospital Espirito Santo de Évora.

Mas se o resultado é globalmente positivo, a manutenção dos problemas em várias empresas e a necessidade de resposta às reivindicações apresentadas exigem a continuação de uma forte intervenção sindical nos locais de trabalho.

É preciso e possível travar a política de direita e o Governo PSD/CDS que condena a população do nosso Distrito e do país ao empobrecimento e ao sofrimento. A demissão imediata do Governo é uma exigência patriótica e urgente.

A Comissão Executiva da USDE/CGTP-IN apela aos trabalhadores, jovens, desempregados, reformados e a outras camadas da população, que fortemente são penalizados por esta política, que prossigam e intensifiquem a luta para derrotar esta política, demitir o Governo e dar a palavra ao povo para se exprimir e decidir, batalha esta que constitui uma prioridade da intervenção do MSU, que importa concretizar tão depressa quanto possível, para responder aos problemas concretos dos trabalhadores, do distrito e do país.

Que assumam nas suas mãos, a luta mais geral que estejam presentes na Caminhada que vai ter expressão já no próximo dia 23 de Novembro com inicio pelas 10H no Rossio de São Braz até à Praça do Giraldo, em Évora, integrada na Marcha Nacional da CGTP-IN pelo Emprego, Salários e Pensões, Direitos e Serviços Públicos.

Prosseguir e intensificar a luta contra a política de direita, pela demissão do Governo PSD-CDS e a marcação de eleições antecipadas, constitui não só um direito como um dever de todos quantos lutam pela afirmação dos valores e direitos de Abril e por uma política de esquerda e soberana.

Comissão Executiva da USDE/CGTP-IN

14 Novembro 2014

 

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