O dia internacional da mulher foi assinalado, por cerca de duas centenas de pessoas num almoço organizado pela CIMH da USDE/CGTP-IN no pavilhão de moradores do bacelo em Évora.
Esta iniciativa contou com a presença do movimento democrático das mulhes, de alguns autarcas de Évora, onde actuaram o grupo coral feminino as papoilas do Enxoé de Vale Vargo e intervieram a CIMH da USDE/CGTP-IN, a Sra, Presidente Gertrudes Pastor da União de Freguesias do Baçelo e Senhora da Saúde e Fátima Messias da Comissão Executiva e responsável pela comissão de igualdade entre mulheres e homens – CIMH.
O actual Governo procura ocultar importantes dimensões de violência exercida sobre as mulheres, de que são exemplo: a falta de meios de subsistência, o desemprego, o trabalho precário e escravizante, a impossibilidade de ter casa, de constituir família, de ter filhos e de os acompanhar, face à instabilidade laboral e de rendimento; o aumento da pobreza entre as crianças, entre os que têm trabalho, entre as mulheres; o aumento do número de mulheres vítimas de prostituição; a exclusão no acesso à saúde, à protecção social, ao ensino, à justiça; o isolamento e marginalização social para si e para os seus filhos.
Este é o quadro actual marcado efectivamente pela degradação da qualidade do emprego, traduzido numa precariedade insustentável que compromete o futuro de muitas famílias e é incompatível com o princípio constitucional da segurança no emprego, pelos baixos salários justificados pelo modelo de empobrecimento que está a ser imposto ao país e que atinge particularmente as populações mais frágeis, como sejam os idosos e as crianças, mas também trabalhadoras que, devido aos baixos salários empobrecem todos os dias enquanto trabalham.
Celebrar este dia é também homenagear as mulheres que diariamente resistem, não calam e não se resignam às inúmeras formas de opressão e descriminação, mas é também o assumirmos responsabilidades na luta pela igualdade, pela valorização do trabalho, pela igualdade salarial, por horários que permitam a conciliação entre a vida profissional e familiar, por condições laborais justas e dignas, pela defesa dos direitos sociais da paternidade e maternidade, acabar com a política de direita. Construir uma alternativa, de esquerda e soberana.