A não cedência dos trabalhadores da AIS à chantagem feita levou a empresa a voltar atrás, na ameaça de 50 trabalhadores terem de deixar o seu posto de trabalho em Montemor-O-Novo.
A AIS e a Randstad depois de anunciarem a saída de 50 trabalhadores com vínculo de trabalho efectivo com a Randstad, do seu posto de trabalho em Montemor-O-Novo, manipulando e chantageando trabalhadores vêm agora dizer que afinal serão 35 os trabalhadores a ter de deixar o seu posto de trabalho até dia 20 de Junho, estando neste momento em causa a saída de 35 trabalhadores com vínculos de trabalho temporário.
É inadmissível que a AIS venha há vários anos a tentar desresponsabilizar-se dos trabalhadores ao seu serviço utilizando para tal a Randstad, empresa de trabalho temporário que se serve das pessoas sem qualquer preocupação social.
Reafirmamos a necessidade de que a cada posto de trabalho permanente corresponda um vínculo de trabalho efectivo, e que todos os trabalhadores ao serviço da AIS devem ter vínculos de trabalho com esta empresa, não havendo a necessidade de haver intermediários, como é o caso da Randstad.
Exigimos que todos os trabalhadores sejam respeitados, o que não se verifica com a instabilidade criada na empresa, com a chamada a todo o momento dos trabalhadores fora do seu horário de trabalho para reuniões onde AIS e Randstad procuram desresponsabilizar-se.
Tendo conhecimento que a empresa tem previsto um grande aumento do volume de produção para os próximos tempos, o que levou inclusive à ampliação das instalações, exigimos que não haja despedimentos, havendo formas de encontrar soluções para períodos de baixa de produção, como é exemplo dos descasos compensatórios e das horas de formação não gozadas, entre outros direitos que os trabalhadores não exercem.
A Precariedade das relações de trabalho é um flagelo que afecta a sociedade e que exige a unidade de todos os trabalhadores para o combate contra a mesma.