A “Luta Geral pelos Salários” levada a cabo desde o dia 25 de Outubro, e que contou com largas centenas de plenários e com muitas acções, concentrações, paralisações e greves, em todos os sectores e em todo o País, culminou com uma grande Manifestação Nacional, no dia 11 de Novembro, no Porto e em Lisboa.
Os trabalhadores e suas famílias, reformados e pensionistas, jovens e outras camadas da população, saíram à rua, pelo aumento dos salários e pensões, pelo direito à habitação, pelo direito à saúde e o Serviço Nacional de Saúde, pela defesa e fortalecimento dos serviços públicos, na exigência de um outro rumo para país.
Na Manifestação Nacional, assumimos o compromisso de continuar a luta, intensificando a acção reivindicativa nos locais de trabalho, mobilizando os trabalhadores na defesa dos seus direitos e aspirações, dando continuidade à luta convergente já no próximo dia 29 de Novembro, com uma concentração no período da manhã na Assembleia da República, por ocasião da votação final do Orçamento do Estado, afirmando a necessidade de resposta imediata às justas e urgentes reivindicações dos trabalhadores, denunciando a ausência de medidas que respondam aos graves problemas do País, afirmando que a solução dos problemas, a defesa dos direitos e a melhoria das condições de vida não podem ficar à espera.
A actual situação política decorrente da demissão do Primeiro-Ministro e a marcação de eleições para dia 10 de Março pelo Presidente da República, invocando a necessidade de fazer aprovar um Orçamento do Estado que não serve os trabalhadores e o País, coloca aos trabalhadores a necessidade de intensificar a acção e intervenção em torno das suas justas reivindicações, no que diz respeito, nomeadamente, aos salários, às pensões, à saúde, a educação e à habitação.