A USDE/CGTP-IN, saúda a luta dos professores, nomeadamente aqueles que estiveram hoje dia 14 de Março 2018 no distrito de Évora em Greve, o Secretário-Geral da FENPROF informou que a greve terá atingido uma média na ordem dos 70%, ligeiramente acima do que se havia verificado no primeiro dia de paralisação.
Para a FENPROF, disse Mário Nogueira, esta não é uma questão só do ME. Tem outras implicações e deve ser considerada no quadro mais global da administração pública e foi por isso que foi categórico a afirmar que “os professores não podem ser tratados como trabalhadores de segunda”. Os professores têm razão para defender o tempo de serviço que cumpriram e exigem ser tratados da mesma forma como foi considerado o tempo de trabalho na restante função pública.
Mário Nogueira referiu, ainda, que a aposentação e os horários de trabalho são “dois outros aspetos que o governo tem também de resolver, como se comprometeu”. E foi avisando: “Estão outras grandes ações a serem discutidas. Uma grande manifestação poderá a ser a opção – os professores virem para a rua para pôr fim a esta injustiça”.
Para a FENPROF não se trata de exigir do governo que faça qualquer cedência. Trata-se de reivindicar um aspeto que não tem nada de novo. É de elementar justiça que o tempo que as pessoas cumpriram a trabalhar seja considerado como foi para os outros trabalhadores. O peso orçamental levou a que a FENPROF, tendo consciência da situação, tenha proposto um regime de recuperação faseado, nos montantes e nos prazos.
Agora, “tempo de serviço cumprido não é para negociar. Nenhum professor que pugne pela sua dignidade profissional pode aceitar que o que fez e o tempo do seu trabalho não sejam considerados”.