Forte adesão à Greve Call Center, Fidelidade enfrenta poderosa concentração em Lisboa

ccOs trabalhadores do do call center da fidelidade em Évora, realizaram hoje dia 6 Julho, mais uma grande jornada de luta, responderam com uma grande, coragem, unidade, determinação e confiança à Greve convocada pelo seu sindicato o Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins (SINAPSA, em que mais de cinco dezenas participaram numa concentração junto à sede da empresa Fidelidade no Largo Calhariz em Lisboa e onde entregaram mais uma vez as suas reivindicações e juntaram-se aos milhares de trabalhadores concentrados na Assembleia da República. RESOLUÇÃO APROVADA

Ser trabalhador do call center da fidelidade significa ter trabalho igual aos trabalhadores da fidelidade mas receber menos de metade do salário, receber menos de metade do subsidio de alimentação, ter um período de trabalho superior que um colega da fidelidade. Significa ter menos dias de ferias, não ter direito a segurança e higiene e saúde no trabalho, não ter contratação colectiva como os colegas da fidelidade.

Mas não ficamos por aqui… os trabalhadores do call center da fidelidade deparam-se diariamente com outra realidade, a empresa viola diariamente o código do trabalho quando praticamente nos obriga a fazer banco de horas por forma a ter trabalho gratuito. Horas essas, que em 90% dos casos não são autorizadas quando o trabalhador as precisas gozar. E nesses casos, o trabalhador tem falta e não recebe a remuneração desse dia, mas tem horas positivas, já trabalhou gratuitamente ficando duplamente prejudicado.

Esta empresa tem práticas repugnáveis de tao ilegais que são, os minutos são controlados ao segundo, os horários alterados sem avisos prévios os trabalhadores para irem ao WC têm que pedir autorização e esperar, sendo por vezes abordados para serem moderados no tempo utilizado para esta necessidade que é básica do ser humano.

Eis a seguradora da vanguarda da tecnologia a recorrer ao trabalho sem direitos para dar corpo ao seu desenvolvimento tecnológico e aos seus lucros de milhões por troca de tostões pagos aos trabalhadores.

Foi por isto que nós, trabalhadores do Centro de Atendimento da Fidelidade decidimos, no início deste ano juntarmo-nos ao SINAPSA, sindicato dos profissionais de seguros, e avançar na luta pelos nossos direitos. Hoje somos mais de 200 sindicalizados de um total de 600 trabalhadores e neste momento estão eleitos 5 delegados sindicais.

No passado dia 28 de maio, efectuamos um dia de greve nos centros atendimento da Fidelidade em Évora e Lisboa, com uma adesão superior a 70%.

Este dia de luta, pelo sucesso que representou, desencadeou na empresa uma onda de repressão, massacre e violência que se materializou em processos disciplinares aos trabalhadores que fizeram parte do piquete de greve, alteração de postos de trabalho e marcação de faltas injustificadas num dia em que os trabalhadores estavam ao serviço, numa atitude propositada para criar acentuada perda de rendimento.

Mas nós, trabalhadores do centro de atendimento da Fidelidade, estamos determinados na nossa acção de luta. Hoje fizemos uma concentração junto da sede da Fidelidade, numa acção de protesto em que viemos dizer à Fidelidade que temos direito ao trabalho com direitos.

VIVA A LUTA DOS TRABALHADORES!

Comentários encerrados