Gestamp e AIS não podem descartar responsabilidade

df13c5d28083eb6f8042ca1501858a2c.0Na Gestamp, em Vendas Novas, e na AIS, em Montemor-o-Novo, o SITE Sul exige às administrações medidas de prevenção e rejeita os despedimentos, já iniciados, e a imputação total dos prejuízos aos trabalhadores.

SITE Sul, através das suas comissões sindicais em cada empresa, tem vindo a acompanhar a situação da pandemia de COVID-19 e a exigir a tomada de medidas claras de protecção da saúde dos trabalhadores, e soluções que não sejam imputar a estes as reduções ou suspensões temporárias da produção sem compensação nos seus salários ou direitos.

Num comunicado que emitiu hoje, o sindicato lembra que os trabalhadores têm tido todo o empenho na resposta às exigências de produção e de manutenção dos padrões de qualidade.

A AIS e a Gestamp são reconhecidamente empresas eficazes no fornecimento de componentes para o Grupo Volkswagen, incluindo a Autoeuropa. Num momento difícil para o País e para o mundo, as empresas não podem responsabilizar os trabalhadores pelas quebras de produção, da mesma forma que estes também não têm, na mesma proporcionalidade, visto nas suas retribuições a repartição dos lucros.

Admitindo que é necessária a tomada de medidas de prevenção, o sindicato rejeita o aproveitamento da situação para a realização de despedimentos, nomeadamente dos trabalhadores contratados através de empresas de trabalho temporário, como já está a acontecer na Gestamp.

Estas empresas mantêm uma elevada quantidade de trabalhadores com contratos de trabalho precários e têm acumulado milhões à custa da sua exploração e dessa precariedade, mas querem descartar-se agora deles, deixando-os desprotegidos, nomeadamente do apoio extraordinário para os pais, devido ao acompanhamento dos filhos por encerramento dos estabelecimentos de ensino.

A Gestamp e a AIS têm de disponibilizar aos seus trabalhadores opções que lhes permitam salvaguardar a sua saúde (como, por exemplo, entrar voluntariamente em quarentena), garantindo que não serão despedidos nem prejudicados na sua retribuição mensal, exige o sindicato.

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