Numa tribuna pública realizada hoje, junto ao plátano no Rossio em Portalegre, os coordenadores dos sindicatos da Administração Pública, SPZS – Sindicato dos Professores da Zona Sul, STAL – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, Empresas Concessionárias e Afins e STFPSSRA – Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas anunciaram os dados de adesão à greve no distrito de Portalegre recolhidos até então. No distrito de Portalegre foi visível o elevado nível de adesão à greve convocada pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública da CGTP-IN.
Mais de 27 escolas sem actividade lectiva, com forte impacto na cidade de Portalegre onde estiveram fechados todos os estabelecimentos de ensino, do pré-escolar ao secundário.
Centros de saúde encerrados como foi o caso do Centro de Saúde do Crato onde todos os trabalhadores da administração pública e enfermeiros aderiram à greve.
No sector da administração local em várias autarquias a adesão dos trabalhadores foi superior a 60%, designadamente no sector operacional, tendo conduzido à paralisação do serviço de transporte colectivo da cidade de Portalegre, da recolha de resíduos nos conselhos de Avis e Nisa, dos serviços de atendimento ao público em vários municípios, como Avis e Campo Maior e de piscinas e pavilhões como foi o caso do Município do Crato.
A adesão dos enfermeiros foi também significativa no distrito de Portalegre, superior a 60%.
O descontentamento dos trabalhadores da administração pública no sector da saúde foi visível na significativa adesão a esta greve nos hospitais do distrito.
A União dos Sindicatos do Norte Alentejano (USNA/CGTP-IN) condena os bloqueios verificados ao exercício do direito constitucional à greve, que se verificam nos casos de substituição de trabalhadores efectivos em greve por outros a esgotar desemprego, com contratos de emprego e inserção, no Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor e na recolha de resíduos no Município de Crato.
A USNA saúda os trabalhadores da administração pública que estiveram hoje em greve na nossa região, em luta por melhores salários e condições de trabalho, por uma aposentação justa, pela contratação de mais trabalhadores, contra a precariedade, pela recuperação e valorização das suas carreiras.
Todos somos parte desta luta, pela dignificação dos serviços públicos.