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Notícias e actualidade

NOVA GREVE NA CIMPOR: 3 a 8 de Junho (5 dias e 5 noites)

Pela redução do horário, pelos complementos na saúde e outros direitos.

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Nos recentes Plenários realizados, os trabalhadores da CIMPOR – INDÚSTRIA DE CIMENTOS decidiram avançar para uma nova greve de 3 a 8 de Junho em defesa da redução do horário de trabalho para as 37 horas semanais, da exigência  de garantia dos Benefícios Complementares na Saúde para todos (activos, reformados e familiares) e pela melhoria de outras condições de trabalho específicas.

Com a greve realizada em Abril foram conquistados os aumentos salariais para o corrente ano de 2024: 5,3%, com um valor mínimo mensal de 100 euros e o aumento de 5,3% nas cláusulas de expressão pecuniária (subsídio de refeição, anuidades, subsídio de transporte, etc.), mas a redução do horário e os complementos na saúde são decisivos e ainda estão por resolver.

A próxima reunião de negociações está agendada para 4ª feira, 29 de Maio e é necessário que a Administração deixe de “empurrar com a barriga para frente” e assuma compromissos concretos.

O Conselho de Administração sabe que nós sabemos que a CIMPOR pode e deve ir mais longe na valorização dos seus profissionais.

É HORA DE TERMOS MAIS SALÁRIO COM MENOS HORÁRIO E MAIS SAÚDE! 

Esta greve nas fábricas de cimento da CIMPOR-INDÚSTRIA DE CIMENTOS (Souselas, Alhandra e Loulé) e no Entreposto da Maia, estende-se ainda a duas empresas do Grupo: CIARGA – ARGAMASSAS SECAS  (Alhandra e Maia) e CIMPOR – SERVIÇOS, cujos trabalhadores decidiram também avançar para paralisações no mesmo período, em torno das suas reivindicações específicas.

EXIGIMOS QUE A CIMPOR RESPEITE E VALORIZE

QUEM NELA TRABALHA OU TRABALHOU!

A Direcção Nacional

27 de Maio de 2024

GREVE NA CIARGA – ARGAMASSAS SECAS, SA (GRUPO CIMPOR)

DECLARAÇÃO DE GREVE

Ao trabalho suplementar

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Os trabalhadores, independentemente do seu vínculo laboral e sindicalizados ou não, da empresa CIARGA – ARGAMASSAS SECAS, SA (GRUPO CIMPOR) irão levar a efeito uma greve ao trabalho suplementar, com início no dia 24 de Maio de 2024 e até haver negociação e satisfação das reivindicações apresentadas pelos trabalhadores da empresa.

OS OBJECTIVOS DA GREVE SÃO:

  1. Deslocações a obras ou em formação: direito ao pagamento de pequeno-almoço, lanche e 15€ para almoço/jantar, para além do pagamento das horas extras que ultrapassem o período normal de trabalho diário;
  2. Esclarecimento sobre os critérios de atribuição do prémio atribuído em Maio de 2024;
  3. Igualdade de tratamento com a Cimpor (empresa-mãe):

3.1.          Aumentos salariais iguais, em percentagem, mas também em valor mínimo;

3.2.          Subsídios de turno iguais, de acordo com os regimes praticados, em particular para os dois turnos com folga fixa ao domingo (270,00€, em 2023);

3.3.          15.° mês para todos os trabalhadores da Ciarga;

3.4.          Subsídio de transporte em função da distância entre o local de trabalho e o local de residência.

A Direcção Nacional

Lisboa, 21 de Maio de 2024

Greve na Coca-Cola – Comunicado aos Trabalhadores

AOS TRABALHADORES DA COCA-COLA

Camaradas,

Desde 2020 que esta direção apenas nos surpreende com presentes envenenados. Depois de atravessarmos todo o eríodo de crise da pandemia aguentando, na linha da frente, a manutenção da operacionalidade e dos lucros, o que nos dizem é que valemos zero! Foi precisamente nesse ano que a administração da Coca-Cola nos “premiou” com um ato de gestão de 0% de aumento de salários.

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Depois disso, tanto em 2021 como em 2022, vimos os salários ser aumentados bem abaixo da inflação (1% e 1.5% de aumento por comparação com uma inflação acumulada de 9,1%), condenando os Trabalhadores a uma brutal perda de poder de compra, ou seja, a um acentuado empobrecimento.

Estes foram, porém, anos de quebra de recordes de produção e vendas e, consequentemente, de lucros, sem que os Trabalhadores por isso fossem compensados.

Persiste ainda a teimosia de não valorizar o conhecimento e experiência dos Trabalhadores. Com efeito, a reivindicação da implementação de diuturnidades, que saiu de grandes plenários realizados pelo SINTAB, tem sido recusada pela empresa, recusando assim a valorização de salarial de 25€ por cada ano de trabalho efetivo, até um máximo de 5.

À teimosia de não valorizar os trabalhadores por aversão à progressão de carreiras, a administração nega ainda a atualização das categorias profissionais proposta pelo SINTAB em sintonia com os Trabalhadores.

O mesmo acontece com o trabalho por turnos. O Pagamento atual de 70€ mensais é inaceitável quando comparado com o praticado em outras empresas do setor da mesma dimensão, com realidades de 30% e 35%  dos salários, situações onde, mesmos nessas, se verificam  grandes movimentações de trabalhadores com vista ao seu reforço, uma vez que o seu propósito é o da compensação de uma grande penosidade social, física e mental que está mais do que estudada e documentada e deve ser erradicada.

Por estes pontos e pelo reconhecimento dos Trabalhadores que, todos os dias, contribuem de forma ativa para o bom nome, a fama, e a riqueza desta empresa, apelamos à mobilização de todos os trabalhadores da CCEP para a grande Greve e ação de protesto agendada pelo SINTAB para o dia 26 de Abril, para onde convocamos já a comunicação social e a sociedade em geral, à porta da nossa fábrica em Azeitão.

 

  • POR UM AUMENTO SALARIAL QUE COMPENSE A BRUTAL SUBIDA DO CUSTO DE VIDA; 
  • PELA IMPLEMENTAÇÃO DE DIUTURNIDADES QUE VALORIZEM A ANTIGUIDADE E O CONHECIMENTO; 
  • PELA ATUALIZAÇÃO DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS À IMAGEM DA REALIDADE DA CCEP; 
  • POR UM SUBSÍDIO DE TURNO DIGNO, QUE MESMO ASSIM JAMAIS COMPENSARÁ OS DANOS PARA A SAUDE E PARA O EQUILÍBRIO SOCIAL DA VIDA DOS TRABALHADORES; 
  • PELA VALORIZAÇÃO DA SAUDE DOS TRABALHADORES MAIS VELHOS 

 

PARTICIPA!

DÁ O TEU CONTRIBUTO! 

SÓ TODOS JUNTOS CONSEGUIMOS!!!

A Comissão Sindical do SINTAB na CCEP.

Patrões das Conservas de peixe apostam na descaracterização social da força de trabalho – NOTA DE IMPRENSA

O SINTAB denuncia a tentativa de transformação do traço social e político dos Trabalhadores da indústria conserveira por parte dos patrões.

Os últimos meses têm decorrido em cima de iniciativas patronais de ataque à contratação coletiva e todos os direitos nela constantes, e despedimentos sob pretexto de falsas justificações de crise, em simultâneo com a arrecadação de lucros como nunca antes, como assumido diversas vezes.

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A indústria conserveira sempre se apoiou, de forma inequívoca, nas características do povo das comunidades piscatórias, fomentando uma simbiose inigualável, por fomentar a interação de setores a montante e a jusante da frota do cerco, aproveitando a vivência das pessoas e o seu conhecimento no ramo, muito também pela necessidade de mão de obra intensiva de que ainda hoje necessita.

Foi nesta premissa social e cultural que, em todas as zonas de alta densidade da indústria conserveira, se foram construindo décadas de história. Histórias de transformação económica regional quase sempre alavancadas pela iniciativa reivindicativa de gente tão peculiar.

É precisamente este principal traço que os patrões da indústria tentam agora apagar.

Se, na recente iniciativa de Consagração do Dia Nacional da Conservas de Peixe pela Assembleia da República, por iniciativa da ANICP, assistimos a uma total inversão de pressupostos, fazendo crer que a indústria é que contribuiu para os hábitos alimentares do País e não o contrário, e apagando totalmente a alusão às iniciativas revolucionárias dos Trabalhadores, maioritariamente mulheres, que contribuíram de forma séria para o combate à discriminação salarial de género, os Patrões debruçam-se agora sobre aquilo que acreditam ser uma letargia generalizada do povo para proceder à transformação social do coletivo de trabalho das suas fábricas.

Numa rápida apreciação à realidade das maiores fábricas da indústria das conservas de peixe em Portugal, podemos observar vários eixos de transformação:

  • Alienação do património nacional produtivo das conservas de peixe por via da venda do capital a investidores estrangeiros, sobretudo Espanhóis, que entendem e aproveitam o potencial de rendimento e lucro associado a uma indústria que se apoia em traços culturais e hábitos de alimentação saudáveis;
  • Alteração do traço social, político e económico do universo de Trabalhadores por via do recurso à subcontratação sem motivos que o validem, da assunção plena da política de salário mínimo (que abrange já praticamente a totalidade dos trabalhadores), e ainda da precarização dos vínculos laborais;

Esta movimentação organizada de todos os Patrões leva já alguns anos de preparação e avanço, aproveitando também o facto de os proprietários, quer por via da sucessão geracional, quer pela venda a capital estrangeiro, não possuírem hoje quaisquer compromissos de equilíbrio social com os seus Trabalhadores ou rosto público para manter, e assumiu recentemente especial empenho no ataque à contratação coletiva do setor.

Com efeito, a última ofensiva dos patrões da indústria conserveira assenta na tentativa de descaracterização dos horários de trabalho, em tentativa descarada de forçar o recurso ao trabalho noturno, uma realidade historicamente arredada do setor.

Esta ofensiva tem assumido contornos de chantagem, assumindo capacidade financeira para o considerável reforço salarial dos seus Trabalhadores, mas apenas e só por troca com a perda de direitos, numa lógica corruptiva da normal evolução social.

Nas iniciativas de negociação, os responsáveis da associação patronal (ANICP) têm afirmado, de forma clara, capacidade para melhoria dos salários de forma considerável desde que em cedência de direitos.

É também por isso que se considera cínica, absurda e ofensiva a recente iniciativa de despedimento coletivo na GENCOAL, conserveira exportadora em Vila do Conde, recentemente tornada pública, com incidência seletiva.

Este é, portanto, um cenário de maior coragem dos patrões no ataque aos direitos dos Trabalhadores, convencidos de um cenário de falta de iniciativa reivindicativa e capacidade de resistência dos Trabalhadores que, em boa verdade, apenas se verifica naquelas onde não há, ainda, organização sindical ou, havendo, é mal conduzida e organizada.

A resposta a tamanho ataque aos Trabalhadores, à sua dignidade, e à sua subsistência, reside na organização coletiva, por via da sindicalização e ativação do espírito reivindicativo.

É urgente avançar na contraofensiva que não só defende os direitos dos Trabalhadores perante este ataque dos patrões, como potencia a conquista de melhores condições de trabalho, mais direitos, e melhores salários.

É na sindicalização que está o ponto de viragem para o cenário atual adverso do setor das conservas de peixe.

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TODOS AO 1 MAIO ÉVORA

1 Maio às 15H Concentração junto do Teatro Garcia Resende em Évora seguida de manifestação até a Praça 1 Maio em Évora.

A USDE/CGTP-IN convoca todos os trabalhadores, sejam do sector público ou privado, trabalhadores desempregados, jovens trabalhadores independentemente do seu vínculo, reformados e pensionistas e outras camadas da população a participarem 1º de Maio.

Levaremos à rua a luta dos locais de trabalho, empresas e serviços, e a exigência de resposta aos problemas dos trabalhadores do distrito e do país.

Para que a alteração de rumo que os trabalhadores e o País precisam com vista à construção de uma sociedade mais justa e solidária é fundamental responder às reivindicações dos trabalhadores, que assumem, na situação que o País atravessa, ainda maior importância, nomeadamente: Continuar a ler

GREVE NO GRUPO CIMPOR – RESOLUÇÃO

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RESOLUÇÃO 

A FEVICCOM saúda fraternalmente todos os homens e mulheres das empresas do Grupo CIMPOR: INDÚSTRIA, SERVIÇOS, CIARGA e SACOPOR, que com grande coragem e determinação aderiram à greve em curso.

A sua massiva adesão constituiu um acontecimento histórico de luta dos trabalhadores destas empresas pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho, pela valorização das suas profissões e pela defesa da sua dignidade.

Uma luta em que a vontade, a confiança e a força da razão dos trabalhadores se sobrepôs à força do poder, à arrogância, à mentira, às intimidações e chantagens.

Uma greve que ao longo destes três dias levou à paralisação total da produção e a uma forte afectação nas vendas de cimento.

A verdade é que a receita que a empresa está a perder daria, no todo ou em parte, para atender às nossas reivindicações. 

Esta foi a resposta serena, mas firme que os trabalhadores deram a uma Administração que, nos últimos tempos, insiste em confundir negociação com imposição.

Nestes dias e noites fez-se ouvir a voz de quem trabalha contra aqueles que elogiam o trabalho mas desrespeitam os trabalhadores.

Uma voz que não tem medo de combater as medidas que atacam os de baixo para recompensar os de cima.

O accionista – a TCC, de Taiwan – apresentado como o terceiro Grupo mundial no negócio dos cimentos, tem a responsabilidade social e a obrigação empresarial de considerar e assumir as propostas sindicais em Portugal.

Mas não só. Tem o dever de melhorar significativamente os salários e assegurar um conjunto de direitos, como o Apoio  Complementar na Saúde, que mantém em Taiwan, mas que no nosso País retirou  aos actuais e futuros reformados e seus familiares.

Um Grupo com negócios em alta, não pode ter salários e direitos em baixa.

Por isso a melhor forma de não andarmos para trás, é caminharmos em frente.

Unidos e coesos, vamos:

  1. Exigir uma reunião urgente à Administração para dar sequência ao processo negocial, de forma a encontrar-se uma solução que valorize dignamente os salários, responda às diversas reivindicações pecuniárias e não precuniárias, reduza o horário semanal de trabalho, respeite os direitos, consagre o Apoio Complementar na Saúde a todos os trabalhadores, reformados e seus familiares e garanta a igualdade de tratamento entre os trabalhadores das diversas empresas.
  1. Realizar Plenários em todas as fábricas, em datas a anunciar oportunamente, para analisar os impactos da greve e discutir e decidir novas acções de luta, caso a Administração não responda positivamente às propostas já apresentadas pelos trabalhadores das empresas do Grupo Cimpor.

18 de Abril de 2024

(Maia, Souselas, Alhandra, Carregado e Loulé)