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Empresa ITAU do Refeitório do Hospital de Portalegre ameaça as trabalhadoras

cantinas_29112019-minAs trabalhadoras da ITAU que prestam o serviço de refeições (refeitório, bar e doentes) em todo o Hospital de Portalegre (Hospital José Mª Grande), estão a ser ameaçadas de processos disciplinares, porque a ITAU não cumpre a Lei e as normas do Contrato Colectivo de Trabalho do sector.
Trabalhadores foram confrontados, de forma unilateral, da alteração aos seus horários de trabalho, acordado individualmente entre a empresa e a trabalhadora e em uso há muitos anos.
O horário de trabalho irregular agora imposto pelas chefias superiores e ITAU, não cumpre com as normas legais e regulamentares (art.24º do CCT Cantinas e Refeitórios AHRESP/FESAHT), nomeadamente quanto ao aviso prévio e consulta aos representantes dos trabalhadores (artº 217 do CT), assim como não facilita a conciliação da atividade profissional à atividade familiar de cada trabalhador, art. 212º do Código do Trabalho (CT), causando sério prejuízo;
Acresce, colocada a questão à empresa ITAU e aos responsáveis superiores da unidade, até à presente data a situação se mantem, acrescido esta semana, da ameaça aos trabalhadores de quem não cumprir o novo horário, empresa marcará falta injustificada e consequentemente o processo disciplinar.
De salientar o facto de esta ser a semana onde se comemora o Dia Internacional da Mulher trabalhadora a 08 de Março e integrada na Semana da Igualdade promovida pela CGTP-IN, da igualdade entre homens e mulheres, igual salário e o respeito pela mulher trabalhadora e mãe, tudo aquilo que a ITAU recusa cumprir.
Acresce que esta situação é o mais recente episódio de confronto e irresponsabilidade praticada pela empresa ITAU e suas chefias superiores, do constante assédio laboral no último ano, permanentemente a estar fora da lei e ao não cumprimento das leis e normas de um estado democrático:
• Marcou falta injustificada a trabalhadoras que aderiram à greve nos dias 28 de Março e 11 de Abril, ambos do ano de 2019, inclusive descontou 2 e 3 dias no salário, só pelo facto da empresa não concordar com os serviços mínimos indicados, 48 horas antes à empresa e ao Ministério nos termos legais, por parte da associação sindical; • Em Novembro/2019, a empresa ITAU que tem ao seu serviço uma empresa de trabalho temporário, para recorrer a trabalhadores com vínculo temporário a ocuparem postos de trabalho permanentes, pretendeu despedir ilegalmente uma trabalhadora efectiva e foi “obrigada” a compensar monetariamente a trabalhadora num valor dez vezes superior a que tinha direito, para que esta não recorre-se aos tribunais; • Ou ainda o facto de as trabalhadoras deste refeitório em Dezembro/2019 ter apresentado à empresa ITAU um Caderno Reivindicativo para 2020, para a melhoria das condições de vida e trabalho, área da higiene, segurança e saúde no local de trabalho, a valorização dos salários ou fim das
descriminações promovidas pelas chefias, tendo até à data recusado reunir com os representantes
das trabalhadoras, inclusive em sede de prevenção de conflitos na própria DGERT/Ministério do
Trabalho.
Esta estratégia da ITAU é uma vingança por estas trabalhadoras serem trabalhadoras, reivindicativas e estarem organizadas neste sindicato, que representa mais de 90% das trabalhadoras, num total aproximado de 45 trabalhadoras.
Trata-se uma violência e de uma pressão enorme sobre as trabalhadoras pois, estas estão com muitas dificuldades económicas e o cumprimento deste novo horário irregular imposto pela ITAU, causa prejuízos e coloca em causa o futuro dos seus postos de trabalho e a qualidade do serviço prestado aos doentes e utentes.

(Fonte: Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul)

Greve no sector da saúde com impacto no distrito de Portalegre

img_Saude_EPE_20Dez_site-minOs trabalhadores do sector da saúde estão hoje em greve. Uma greve convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Estado em defesa do Serviço Nacional de Saúde, pela contratação de mais trabalhadores, pela contagem do tempo de serviço e pela aplicação do Acordo Colectivo de Trabalho assinado em Junho de 2018 a todos os Hospitais E.P.E.

A adesão dos trabalhadores a esta jornada de luta tem sido visivel em todo o país, tanto em Hospitais como em Centros de Saúde. No distrito de Portalegre a greve conduziu ao encerramento dos Centros de Saúde de Crato, Campo Maior e Castelo de Vide e ainda das consultas externas, laboratório e exames complementares de diagnóstico do Hospital de Portalegre. A greve foi ainda visivel a partir dos constrangimentos que se fizeram notar nos serviços do Hospital de Elvas bem como de vários Centros de Saúde do distrito.

Prémio Pior Empresa do Ano de 2019 atribuido à Hutchinson em Portalegre

6-minÀ semelhança do que aconteceu em 2018, em 2019, o Movimento Sindical Unitário do Distrito de Portalegre distinguiu mais uma empresa como a pior do ano.

Numa acção conjunta com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul – SITE-SUL, a União dos Sindicatos do Norte Alentejano – USNA/CGTP-IN, informou os trabalhadores das razões para atribuição desta distinção à Hutchinson de Portalegre:

- lucros de milhões que não se repercutem nos salários (Grupo económico presente em dezenas de países com 3.700 biliões de Euros de lucros declarados em 2018);

- elevada taxa de precariedade com trabalhadores a ocuparem postos de trabalho permanentes contratados através de Empresas de Trabalho Temporário;

- condições de trabalho que não asseguram a segurança dos trabalhadores.

Além da denúncia, o SITE-SUL e a USNA/CGTP-IN pretendiam com esta acção transmitir confiança aos trabalhadores na sua capacidade de organização e luta já que, em consequência das sucessivas campanhas da CGTP-IN contra a precariedade, como a que decorre esta semana em todo o país, foi possível passar os vínculos precários de 100 trabalhadores da Hutchinson no Porto a efectivos. Com a luta é ainda possível o aumento de todos os salários, a melhoria das condições de trabalho, a valorização das funções e categorias e combater o banco de horas.

Semana de Combate à Precariedade no Distrito de Portalegre – Acção frente à Amorim Florestal, Unidade de Salteiros

amorim salteiros 05122019-minEm mais uma etapa da Campanha contra a Precariedade, os sindicatos da CGTP-IN organizam entre 2 e 6 de Dezembro uma Semana de Combate à Precariedade com o objectivo de trazer para a rua a luta que trabalhadores e organizações sindicais de classe têm travado, dando expressão pública ao combate, aos resultados obtidos e às propostas da CGTP-IN.

No distrito de Portalegre, União dos Sindicatos do Norte Alentejano – USNA/CGTP-IN e Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Madeiras, Mármores e Cortiças do Sul e Regiões Autónomas – STCCMCS , organizaram hoje, dia 5 de Dezembro, junto à Amorim Florestal, Unidade de Salteiros, uma acção de contacto com os trabalhadores.

Nesta unidade, mais de 25% dos trabalhadores, sobretudo jovens, está contratado através de uma empresa de trabalho temporário, a Synergie. No entanto, os postos de trabalho que ocupam são permanentes.

Combater a precariedade é urgente e possível e foi sobretudo esta a mensagem desta acção de contacto.

Semana de Combate à Precariedade no Distrito de Portalegre – Acção de denúncia frente à Marktel

accao marktel 03122019Em mais uma etapa da Campanha contra a Precariedade, os sindicatos da CGTP-IN organizam entre 2 e 6 de Dezembro uma Semana de Combate à Precariedade com o objectivo de trazer para a rua a luta que trabalhadores e organizações sindicais de classe têm travado, dando expressão pública ao combate, aos resultados obtidos e às propostas da CGTP-IN.

No distrito de Portalegre, União dos Sindicatos do Norte Alentejano – USNA/CGTP-IN e Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal – CESP, organizaram hoje, dia 3 de Dezembro, junto às duas delegações da Marktel em Elvas, uma acção de denúncia e mobilização dos trabalhadores contra o recurso abusivo à contratação a termo incerto.

Os contratos a termo incerto são um tipo de contratação de duração imprevisível que deixa os trabalhadores que abrange numa situação diária de incerteza em relação ao seu futuro. Tratam-se de contratos de trabalho que se aplicam a actividades de duração incerta o que, no caso de uma empresa como a Marktel não corresponde à realidade já que, os seus trabalhadores estão colocados em postos de trabalho cujo conteúdo funcional é único e permanente – venda de serviços de telecomunicações ou apoio técnico.

Durante a acção foi disponibilizada aos trabalhadores informação em português e castelhano, pois uma grande parte deles são espanhóis. A tradução resultou da cooperação da CGTP-IN com a estrutura sindical espanhola Comissiones Obreras – CCOO.

Semana de Combate à Precariedade no Distrito de Portalegre – Acção de denúncia frente ao Hospital de Portalegre

accao hosp ptlg 03122019Em mais uma etapa da Campanha contra a Precariedade os sindicatos da CGTP-IN organizam entre 2 e 6 de Dezembro uma Semana de Combate à Precariedade com o objectivo de trazer para a rua a luta que trabalhadores e organizações sindicais de classe têm travado, dando expressão pública ao combate, aos resultados obtidos e às propostas da CGTP-IN.

No distrito de Portalegre, União dos Sindicatos do Norte Alentejano e Sindicato da Hotelaria do Sul, organizaram hoje, dia 3 de Dezembro, junto ao Hospital de Portalegre, uma acção de denúncia do recurso ilegal a Empresas de Trabalho Temporário, pela Itaú, empresa concessionária da cantina, bar e refeitório, para suprir necessidades permanentes de serviço.

A precariedade dos vínculos laborais afecta a vida dos trabalhadores que os detêm mas também o serviço prestado. Como tal, utentes do Hospital de Portalegre deverão estar conscientes de que a causa da eventual degradação do serviço de alimentação está associada às opções de gestão de um serviço cujo objectivo não pode ser o lucro mas a dignidade das pessoas que dele dependem.

Greve dos trabalhadores das cantinas, bares e refeitórios motivou pedido de intervenção da ACT no Hospital de Portalegre

cantinas_29112019Já há muito que a empresa concessionária tenta, por várias vias, limitar o direito à greve dos trabalhadores das cantinas, bares e refeitórios dos Hospitais de Elvas e de Portalegre.

Aumentar a precariedade contratando trabalhadores através de Empresas de Trabalho Temporários, criar escalas de serviços mínimos alternativas, ameaçar de despedimento e processos disciplinares são algumas das estratégias usadas pela actual concessionária, a Itaú.

Durante a greve de hoje, dia 29 de Novembro, que conduziu ao encerramento do bar no Hospital de Elvas e que contribuiu também para o encerramento das escolas na cidade de Portalegre em que existem várias cantinas concessionadas, a estratégia foi outra mas não nova.

A chefia informou os trabalhadores que no refeitório, ao invés dos serviços mínimos decretados pelo Ministério do Trabalho que determina que devem ser satisfeitas as necessidades sociais impreteríveis, assegurando-se a alimentação dos doentes e pessoal de banco, eles teriam que servir todos os utentes.

O Sindicato da Hotelaria do Sul solicitou a intervenção da ACT que esteve no local a auscultar trabalhadores, chefia e delegada sindical. A inspectora da ACT recusou-se, no entanto, a auscultar restante Comissão Sindical constituída por mais duas dirigentes sindicais, trabalhadoras naquele serviço, que se deslocaram ao local de trabalho com o objectivo de colaborar com a ACT nesta inspecção.

A Administração da ULSNA está a par das tentativas de limitação do direito à greve por parte da Itaú e irá ainda ter acesso a um relatório completo e histórico dos acontecimentos que tiveram lugar no dia de hoje.

 

 

Adesão à greve do pessoal não docente visível em mais de 20 escolas do distrito de Portalegre

greve n docente 21e22mar19O descontentamento dos trabalhadores não docentes fez-se sentir hoje, dia 29 de Novembro, por todo o país e a região de Portalegre não foi excepção.

A greve, que abrangia todo o pessoal não docente das escolas independentemente do seu vínculo, levou ao encerramento de escolas ou suspensão de toda ou parte da actividade lectiva em todos os concelhos do distrito de Portalegre: Alter do Chão, Arronches, Avis, Castelo de Vide, Campo Maior, Crato, Elvas, Gavião, Marvão, Monforte, Nisa e Portalegre.

Na cidade de Portalegre a greve conduziu mesmo ao encerramento da Escola Secundária S. Lourenço e do Agrupamento de Escolas do Bonfim – ES Mouzinho da Silveira, EB Cristóvão Falcão e EB/JI 1ºC da Praceta.

Os trabalhadores hoje em luta reivindicaram o fim da precariedade e a integração imediata dos trabalhadores com vínculos precários, a contratação de mais 6000 trabalhadores para as escolas, uma nova portaria de rácios, dignificação salarial e funcional, fim do processo de descentralização/municipalização da escola pública, uma escola pública, universal, inclusiva e de qualidade.

Trabalhadores da Randstad reúnem-se em plenário

20191126_111702-minOs trabalhadores da Randstad II em Elvas reuniram-se hoje em plenário com o seu sindicato de classe, o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI).

No plenário foram discutidas matérias do interesse de todos os trabalhadores como as alterações à lei laboral que entraram em vigor no passado dia 1 de Outubro, e ainda os horários de trabalho praticados na Randstad II e os resultados da luta dos trabalhadores dos call center da EDP.

A Randstad II conta com cerca de 26 mil trabalhadores em todo o país. Estes trabalhadores construíram, com os seus sindicatos de classe, um caderno reivindicativo que comporta reivindicações relativamente às suas condições de trabalho, aumentos salariais e horários, para apresentar à empresa.

Atendendo ao facto de a empresa ter retirado o direito à tolerância de ponto no Carnaval e aos feriados municipais, os trabalhadores da Randstad II em Elvas decidiram neste plenário, uma greve para o dia 14 de Janeiro de 2020, feriado municipal em Elvas. Votaram ainda por unanimidade a convocação de greve nos dias 24, 25, 31 de Dezembro e 1 de Janeiro, já que a empresa não reconhece o direito a uma das vésperas de Natal ou Ano Novo a todos os trabalhadores e em solidariedade com os colegas que trabalham estes feriados.

Protesto em defesa dos direitos, liberdades e garantias constitucionais. Contra a Municipalização.

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Teve lugar ontem, dia 11, uma concentração de trabalhadores e activistas sindicais na Praça da República em Nisa, que contou com as intervenções da Coordenadora da USNA, Helena Neves, do Presidente do SPZS, Manuel Nobre e do Secretário Geral da CGTP-IN, Arménio Carlos.

Durante a concentração o executivo camarário ainda tentou uma manobra de perturbação enviando três trabalhadores com ordens para retirarem a faixa que a USNA afixara no coreto, junto ao local onde falavam os dirigentes sindicais, mas perante a determinação das dezenas activistas que ali se encontravam, não se atreveram a removê-la. “A faixa não sai daqui!”, declarou Arménio Carlos com veemência.

Também o desfile ao longo da avenida principal se realizou sem hesitações, apesar de estar proibido por uma ridícula lei das “procissões e romarias” que a câmara invocou para tentar impedir os trabalhadores de se deslocarem simbolicamente ao Centro Escolar de Nisa.

São já vários os exemplos de condicionamentos impostos à liberdade sindical dentro e fora dos locais de trabalho: dirigentes e delegados sindicais impedidos de contactar com os trabalhadores, trabalhadores impedidos de contactarem com a CGTP-IN e de receberem informação sobre os seus direitos, trabalhadores ameaçados e coagidos a não se sindicalizarem em sindicatos da CGTP-IN, trabalhadores sindicalizados castigados, perseguidos e transferidos de local e de funções, propaganda sindical da CGTP-IN destruída ou arrancada, dirigentes patronais que tentam invadir e condicionar os plenários sindicais.

Atendendo a que foi precisamente em Nisa que teve lugar o último episódio deste género, com o executivo camarário a mandar retirar por 2 vezes as faixas do Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS) da sede do Agrupamento de Escolas de Nisa, faixas que denunciavam o processo de municipalização da educação em curso, e que é também o Município de Nisa um dos locais de trabalho onde os trabalhadores mais sofrem com a perseguição, castigos e mudança de funções por razões politico-sindicais,foi este o local escolhido para a realização do protesto.

Activistas sindicais e trabalhadores concentraram-se às 14.30 h na Praça da República, em Nisa e daí seguiram em desfile para o Centro Escolar onde entregaram à Direção do Agrupamento de Escolas a resolução aprovada no plenário/concentração.