Luta dos Trabalhadores faz caír a máscara na ESIP

A luta dos trabalhadores da ESIP, em Peniche, organizada SINTAB, levou a que a empresa recuasse na sua posição de obrigatoriedade do uso da máscara, no local de trabalho.

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A empresa, não respeitando a legislação em vigor desde Abril passado, utilizou todas as chantagens e pressão psicológica junto dos seus trabalhadores chegando a expulsar alguns, após a realização do Plenário que teve lugar na empresa, quarta-feira, 24 de Agosto, no qual participaram cercam de 200 trabalhadores, e de onde saiu uma moção de oposição à imposição da ESIP.

Só a demonstração de unidade e força dos Trabalhadores forçou o recuo da empresa que, em comunicado, recuou na sua decisão.

Reação da Varandas de Sousa à Greve – NOTA DE IMPRENSA

A “VARANDAS DE SOUSA” (ex SOUSACAMP) está a recrutar trabalhadores externos, por intermédio de angariadores de mão de obra, para fazer face à greve decretada pelos Trabalhadores para amanhã, 16 de fevereiro.

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Começa hoje à meia-noite o período de 24 horas de greve decretado pelos trabalhadores das três unidades (Paredes, Vila Real e Vila Flôr) nos plenários realizados há 1 mês.

Desde então, a administração não fez nenhum esforço de conciliação para evitar a greve e apenas emitiu resposta escrita ao SINTAB, negando todos os pontos de denúncia, ainda que eles tenham saído dos próprios Trabalhadores e esta postura da empresa constitua uma negação da realidade, desrespeitando os seus próprios Trabalhadores.

A postura desta administração, desde que a empresa foi adquirida pela CORE CAPITAL e pela SUGAL, tem sido unicamente no sentido de tentar atacar a organização dos Trabalhadores, ainda que ela esteja a aumentar, por via da confluência da cada vez maior sindicalização no SINTAB.

Para a greve de amanhã, são inúmeras as ofertas de trabalho colocadas nas redes sociais, por angariadores de mão de obra, tanto para o feriado de hoje como para o dia de amanhã, representando uma clara violação do direito à greve.

Note-se que, tal como havíamos denunciado, a empresa solicita mão de obra externa, paga a valores muito superiores, sem que tenha solicitado disponibilidade para prestação de trabalho suplementar aos seus próprios trabalhadores, mantendo a discriminação que identificámos anteriormente.

Em algumas unidades, trabalhadores estrangeiros estão já a ser contactados pelas chefias para alterar o horário de trabalho no dia da greve, de modo que passem despercebidos ao piquete de greve e à inspeção da ACT que o SINTAB requereu.

Lembramos que, perante a lei, os trabalhadores em greve não podem ser substituídos por outros que tenham sido contratados após a emissão do pré-aviso, nem por qualquer trabalhador em regime de horas extras.

Os Trabalhadores concentrar-se-ão amanhã à porta das unidades de produção da Varandas de Sousa, na Zona industrial de Constantim – Vila Real (conferência de imprensa às 10:00h); e na estrada nacional 214 em Benlhevai – Vila Flôr (conferência de imprensa às 12:00h).

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Greve dos Trabalhadores da VARANDAS DE SOUSA (ex sousacamp) – Nota de Imprensa.

Os Trabalhadores da Varandas de Sousa estarão em greve, durante 24 horas, no próximo dia 16 de agosto, em protesto contra a falta de resposta da administração ao seu caderno reivindicativo, e realizarão ações de protesto e denúncia à porta das três unidades de produção.

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Os Trabalhadores da Varandas de Sousa decidiram nos plenários no mês passado agendar esta ação de protesto, com 1 mês de antecedência, para forçar atempadamente uma resposta da empresa ao seu caderno reivindicativo.

O caderno reivindicativo exige aumento salarial devido ao extraordinário aumento do custo de vida, impossível de dar resposta com o salário mínimo nacional, generalizado na empresa. Outra das reivindicações incide sobre a melhoria do subsídio de refeição, atualmente de 2,5€, claramente insuficiente para pagar ou adquirir qualquer refeição, por mais modesta que seja, ou em que local for. Esta reivindicação adquiriu importância maior quando a empresa decidiu aplicar, aos trabalhadores não sindicalizados no SINTAB, um subsídio de refeição mais alto determinado por um contrato coletivo assinado, a preceito, por um sindicato da UGT, que impõe o regime de banco de horas e determina o corte pela metade ao valor das horas extra. Isto tem servido de meio de chantagem por parte da empresa, discriminando trabalhadores no recurso ao trabalho suplementar, sugerindo-lhes o fim da sindicalização para que, aceitando ganhar menos pelas horas extra, recebam um subsídio de refeição melhor (que ainda assim insuficiente).

Estas situações têm originado confrontos entre chefias e Trabalhadores, por pressão da administração, que redundam em inúmeras ações discriminação, pressão excessiva, controlo individualizado a alguns Trabalhadores, e excesso de chamadas de atenção sobre índices de produtividade sem que assegurem, primeiro, as condições mínimas de trabalho, o que se tem refletido na grande quantidade de Trabalhadores com situações de lesões crónicas nos braços e ombros, bem como doenças profissionais.

A Varandas de Sousa é a empresa âncora do Grupo Sousacamp que passou por um processo de insolvência nos últimos anos, tendo sido perdoada uma dívida de cerca de 60M€ de dinheiros públicos, por intermédio do NOVO BANCO no processo BES.

A empresa foi adquirida EM 2020 pela CORE CAPITAL, uma Sociedade Gestora de Capital de Risco, que mantém 90% do controlo da sociedade, cedendo 10% à SUGAL, maior produtor europeu de concentrado de tomate.

A Varandas de Sousa mantém-se como líder do mercado ibérico de produção e comércio de cogumelos frescos, detendo a quase totalidade do mercado nacional.

Os acionistas estão, neste momento, a realizar um forte investimento na unidade de Vila Flôr, para criar um centro de produção de composto para cogumelos, mas assumem o seu desinteresse pelo investimento nas pessoas, quer em formação, quer na melhoria das suas capacidades económicas e das suas vidas, isto num setor onde as pessoas assumem papel único e fundamental no processo de colheita, cuja capacidade de escolha de calibre e qualidade dos produtos é um processo unicamente manual e humano, não havendo equipamentos industriais que o façam. Prova disso tem sido a contínua opção por mão de obra estrangeira de legalidade questionável, que se verifica em crescendo em todas as unidades.

No dia 16, os Trabalhadores concentrar-se-ão à porta das unidades de produção da Varandas de Sousa, na Zona industrial de Constantim – Vila Real (conferência de imprensa às 10:00h); e na estrada nacional 214 em Benlhevai – Vila Flôr (conferência de imprensa às 12:00h).

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